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sábado, 18 de setembro de 2010

Coraçao Inquieto - capitulo 6

Posted by Picasa


“Carlisle, eu não sei…”
“Bella, eu sei que você pode fazer isso. É uma grande prática. Apenas relaxe e costure a cabeça dela.”
As vozes não soavam como as de minha mãe e meu avô. Eu me pergunto o que eles me deram. Não senti nenhuma dor. Acho que não podia sentir meus dedos das mãos ou dos pés se quisesse.
“Jacob, pare de andar pra lá e pra cá assim! Está me deixando nervosa!” Acho que era minha mãe gritando. Com Jacob? Jacob estava aqui?
“Jacob.” Ouvi meu pai, eu acho.
Deixei minha mente vagar tentando descobrir onde eu estava. Quem estava ao meu redor e há quanto tempo eu estava assim. Lentamente comecei a sentir meu corpo. “Mamãe.” Minha voz ainda estava meio rouca.
“Bem aqui.” Novamente, a voz dela soava como se ela estivesse chorando se pudesse.
“Eu sinto muito.” Pisquei algumas vezes antes que seu rosto entrasse em foco.
“Shh… Descanse agora. Nós conversaremos depois. O mais importante agora é que você está bem.” Ela passou a mão na minha testa úmida e então pelo meu pescoço.O toque frio dela era bom.
“Ei, linda.” Jacob disse suavemente quando entrou no meu campo de visão.
“Preste atenção.” Meu pai avisou.
Jacob o ignorou e ajoelhou ao lado da minha cama. “O que aconteceu?”
“Eu… Eu…” Olhei ao redor da sala. O único que evitei olhar foi meu pai. “Eu não me lembro.”
“O que você estava fazendo do outro lado da ilha? Você sabe que não gostamos que você nade por lá sozinha.” Meu pai me lembrou.
“Eu sei, mas as conchas daquele lado são mais bonitas. Eu acho que fui muito longe na água e as ondas me puxaram. Desculpa. Não acontecerá novamente. Eu ficarei na praia norte.”
“Você não vai a praia alguma por um tempo. Não até esses pontos sairem.” Minha mãe me disse. Eu sentei rapidamente, imediatamente me arrependendo disso. Minha mãe e meu avô foram os primeiros a me empurrarem de volta.
“Por favor! Eu quero voltar para a praia!” Comecei a chorar, o que fez minha cabeça doer.
“Sinto muito, mas não quero você lá agora. Você precisa relaxar por alguns dias.” Minha mãe insistiu.
Desisti de discutir com ela. Ninguém poderia ganhar em uma discussão com a minha mãe. Eu não acho que ela ganharia se discutisse com ela mesma.
“Estou cansada.” Rolei para longe da minha mãe para olhar para Jacob. “Fique até eu pegar no sono.” Pedi enquanto estendia a mão para pegar a dele.
“Estarei aqui por quanto tempo você quiser.” Ele inclinou-se para sussurrar em meu ouvido. Eu fechei os olhos e fui para mais perto dele, abraçando o braço dele bem perto de mim.
“Ótimo.” Eu resmunguei, já quase dormindo.
Quando acordei o sol parecia estar se pondo. Jacob estava roncando ao meu lado. Ele estava na cadeira com a cabeça na cama. “Oi.” Virei na direção da voz e vi minha mãe na cadeira de balanço perto da minha janela. “Como está se sentindo?” Ela perguntou.
Eu me levantei lentamente e andei até ela. Ela procurou atrás dela e pegou o cobertor, mas eu o tirei de suas mãos. Eu não queria ser enrolada num cobertor estúpido. Eu só queria a minha mãe. Ela pareceu saber exatamente o que eu queria. Seus braços se abriram e eu subi no colo dela. Eu me curvei nela e ela envolveu-me com seus braços. Ela começou a balançar e eu relaxei. “Quanto tempo estive desacordada?” Resmunguei contra a camiseta dela.
“13 horas.” Ela sussurrou contra o topo da minha cabeça.
“Por que ainda estou tão cansada?” Perguntei enquanto aconchegava-me a ela.
“Tem muito medicamento para dor em você agora. E mais, seu corpo está tentando curar-se e a melhor maneira de fazer isso é dormir. Tudo bem. Feche os olhos.” A voz dela era suave e confortante. Ela continuou a balançar e suas mãos geladas eram gostosas contra minha pele. Eu dormi rapidamente no conforto e segurança do abraço de minha mãe.
A próxima vez que abri os olhos, o sol estava claro no céu. Brilhava através da minha janela. Eu ainda estava envolta nos braços de minha mãe. “Bom dia, luz do sol.” Minha mãe sorriu para mim. “Você tem dormido e acordado por três dias.”
Mexi as mãos para tentar esfregar o sono dos meus olhos, mas minha mão direita estava presa a algo. Eu me lembrei disso de quando caí do penhasco com minha mãe. Era uma intravenosa. “Está aí pois não conseguimos mantê-la acordada o suficiente para te alimentar.” Minha mãe disse quando me viu olhando para minha mão. Isso explicava porque eu não estava com fome.
“Eu me sinto melhor. Posso ir até a praia?” Perguntei enquanto me sentava em seu colo.
“Não.” Ela balançou a cabeça. Como se eu não fosse entender a palavra. “Não por mais alguns dias.”
Ficamos em silêncio por alguns segundos e minha porta se abriu. Meu pai sorriu quando viu que eu estava acordada. “Aí está minha garota de olhos castanhos.” Ele ajoelhou-se na frente de minha mãe e eu. “Senti falta de ver esses grandes olhos lindos.”
Virei os olhos, mas não pude evitar de sorrir. Eu quero voltar para a praia, por favor diga para a mamãe me deixar ir. Pensei para meu pai. Ele olhou para minha mãe rapidamente antes de olhar de volta para mim.
“Acho que não, querida.” Meu pai sussurrou. “Falando em praia, você se importa em nos dizer o que aconteceu?” Meu pai estreitou os olhos para mim. “O que realmente aconteceu.”
“Eu já disse a vocês, eu estava procurando por conchas e fui levada por uma das ondas.” Olhei diretamente nos olhos dele.
Meu pai ficou quieto por alguns momentos enquanto me encarava de volta. Tive a certeza de só pensar em mim caçando conchas.
“Mas isso não explica porque você estava na única parte da ilha que sabe que não gostamos que vá sozinha. Três anos que estamos aqui e você nos ouviu. Por que a mudança repentina?” Ele perguntou.
“Foi só um erro estúpido e, acreditem, não vai acontecer novamente.” Cerrei meus dentes.
“Ótimo.” Meu pai tomou meu rosto em suas mãos e beijou ambas as minhas bochechas.
Mais tarde naquele dia, a intravenosa foi retirada e eu comi uma refeição completa por mim mesma, minha mãe finalmente me deixou ir lá fora. Eu não podia ir até a praia ainda, mas podia ir sentar no pátio. Todos estavam lá dentro conversando, então decidi levantar e caminhar ao redor do jardim. Estendi meu caminho mais longe até as árvores e prendi a respiração quando as alcancei. Sem pensar, dei a volta e corri na direção da praia. Olhei por cima do ombro para um pai bravo ou um grande lobisomem me perseguindo. Não havia nada.
“Cassandra, Gavin?” Sussurrei enquanto andava rapidamente até a praia.
“Estávamos nos perguntando quando você voltaria. Eu não achava que você fosse falar com a gente de novo.” Gavin andou rapidamente até mim. Minhas mãos viraram punhos e eu rosnei. Acelerei o passo e quando o alcancei, empurrei seu peito nu com força. Ele cambaleou para trás e caiu na areia.
“Como você ousa me deixar daquele jeito?!” Eu cuspi. “Eu devia voltar para minha casa e dizer para o meu pai exatamente o que vocês fizeram. Assim posso vê-lo matar você!” Eu estava gritando nessa hora.
“Fique calma. Desculpe. Eu não queria deixar você. Meu pai nos fez ir embora. Ele disse que seus pais eram bons em te achar.”
“É, quando eu deixo um rastro! Você não passa de um covarde, Gavin! Você me deixou lá sozinha, sangrando, tossindo água e eu mencionei que você me abandonou?” Eu empurrei ele de novo, mas dessa vez ele pegou meus braços para me parar.
“Eu sinto muito. Todo dia eu tenho esperado aqui para ver se você estava bem. Eu teria vindo até sua casa eu mesmo, mas sei que seus pais escutam muito bem.” Eu sentei na areia e ele me seguiu. Seus braços presos ao redor de meus ombros. “Eu sinto muito mesmo. Não consegui parar de pensar em você. Eu esperava que você estivesse ok. Fico feliz que tenha vindo aqui para me avisar que está passando bem. Mesmo se sua real razão para vir tenha sido para berrar e gritar comigo. Eu ainda sinto prazer em saber que você está ok.”
“Nunca mais faça isso comigo de novo.” Eu olhei para ele pelo canto de meus olhos.
Respirei fundo quando ele inclinou-se para beijar minha bochecha. “Jamais.” Ele sussurrou para mim.
“Tenho que ir. Meus pais virão procurar por mim logo. Diga a Cassandra que não estou brava com ela. Vou tentar voltar amanhã.” Levantei e comecei a ir embora.
“Estaremos esperando.” Ele disse e me virei para sorrir para ele.
Alcancei o jardim para ver Jacob andando pra lá e pra cá. Ele virou na minha direção e eu congelei. “Nessie,” ele suspirou e correu até mim. “Onde diabos você esteve? Bella me disse para vir checar você e você não estava aqui. Eu sei que você está fazendo algo que eles não sabem. Confie em mim, quando se trata de sair escondido ninguém sabe disso melhor que sua mãe e aparentemente filho de peixe, peixinho é. Eu te dei cobertura, agora você precisa começar a falar. O que está acontecendo com você?” Jacob disse enquanto me puxou para longe do alcance da audição dos meus pais.
“Promete que não vai dizer nada?” Perguntei a ele.
“Você tem minha palavra, docinho.”
“Nos últimos dias eu tenho saído com uma garota chamada Cassandra, só que ela não é uma garota normal. Ela é uma sereia! O pai dela é aquele de quem te falei. Ela e o irmão dela, Gavin, são tão legais. Nós ficamos na praia e Gavin estava me ensinando a surfar sem prancha! Só que eu não sou tão boa quanto eles.” Apontei para minha cabeça.
“Alguma coisa fez tudo isso com você? Um peixe é responsável por te machucar? Eu vou matá-lo! Onde ele está?” Jacob agachou-se na minha frente procurando entre as árvores.
“Não! Deixe-o em paz. Eu gosto dele, e acho que ele gosta de mim também. Bem, ele me beijou, então eu-”
“O que?” Jacob sibilou para mim.
“Só na bochecha. Eu só tenho 11 anos.” Revirei os olhos.
“Tenho que contar para Edward.” Jacob me levantou e me colocou debaixo de seu braço.
“Não! Jakey, pare! Você disse que não contaria nada! Você quer que eles me matem também? Eles vão!” Jacob parou e me colocou no chão. “Por favor.” Implorei.
Ele olhou para mim e só consegui ver mágoa e desapontamento em seus olhos. Andei até ele e o abracei pela cintura. Ele suspirou pesadamente. “Tudo bem, mas saia escondida de novo desse jeito e eu vou contar.”
“Por mim tudo bem.” Eu sorri e nós andamos de volta para a casa.
“Como foi sua caminhada?” Minha mãe disse assim que entrei em casa.
“Boa.” Sorri e entrei no jogo da história que Jacob deve ter contado a ela. “Mãe, você acha que posso ir até a praia amanhã? Não vou entrar na água. Só quero sentar e pensar comigo mesma.” Olhei para trás na direção de Jacob. Ele estava me encarando.
“Jacob?” Meu pai andou até ele. Eu segurei minha respiração.
“Nada, Edward. Só pensando em coisas bestas.” Soltei a respiração quando meu pai deu uma palmadinha nas costas dele e se afastou.
“Então, posso?” Pergunte para minha mãe de novo quando ela não me respondeu.
“Terei que falar com seu pai sobre isso, mas não vejo problema. Agora quero que você vá se lavar e depois cama.”
“Bella, quando tiver terminado eu gostaria de falar sobre o que você aprendeu até agora.” Meu avô disse quando passamos pela sala de estar.
“Claro, Carlisle. Isso seria ótimo, na verdade.” Minha mãe disse e me levou até o banheiro.
Quando havíamos terminado ela me colocou na cama e todos vieram me dizer boa noite. Eu caí no sono sorrindo.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Coraçao Inquieto - capitulo 5

Oii galerinha.... Pois é, hoje voltaremos a postar os capitulos da fic.... Ficamos algum tempo sem postar, pois as meninas responsaveis pelo blog andavam sem tempo para postar a fic, mas hoje, como foi dito, voltamos a postar a fic Coraçao Inquieto... Boa leitura a todas...

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Na manhã seguinte eu acordei cedo de novo, e coloquei um outro traje de banho e a saída combinando antes de fazer qualquer outra coisa. Prendi o cabelo num rabo de cavalo bagunçado, e espiei para fora do meu quarto. Novamente eu fui a primeira a sair da cama. Corri o mais silenciosamente que pude, sem ser capaz de evitar o barulho dos meus pés descalços chocando-se contra o chão de madeira. Peguei todas as minhas coisas de praia, e tirei um biscoito do armário.
Suspirei quando encontrei uma lancheira na geladeira. Soltei minhas coisas e corri de volta para o meu quarto para procurar pela minha mochila. Quando a encontrei, eu corri de volta para a cozinha e a enchi com tudo que precisava. Fiquei parada no fim do corredor dos meus pais, a porta do quarto deles novamente fechada.
“Tchau!” Eu disse em voz alta. Ouvi conversas baixas, mas não consegui distinguir o que eles estavam dizendo.”Estou indo para a praia agora.” Eu quiquei impaciente.
“Divirta-se, querida.” Minha mãe disse. Eu dei de ombros e me virei para correr para a porta da frente. “Celular!” Ela gritou, e eu tive que me segurar no batente da porta para me frear.
“Droga!” Eu gemi, e corri de volta para o meu quarto.”Peguei!” Eu gritei e bati a porta atrás de mim.
Eu pulei no meu quadriciclo e dirigi o mais rápido que pude até a praia. Assim que cheguei lá Cassandra estava esperando na beira da água. “Hey!” Eu disse enquanto corria até ela.
“Você chegou mais cedo do que eu pensava.” Ela sorriu para mim.
“Meus pais estão trancados no quarto por todo o final de semana, então eu sou uma mulher livre!” Eu atirei a cabeça para trás e gritei. Era boa a sensação de poder sair e fazer o que eu tivesse vontade. Cassandra riu para mim.”O que você quer fazer?” Perguntei.
“Primeiro… eu tenho um problema.” Ela apontou na direção de uma rocha na praia, e Gavin surgiu de trás dela.
“Seu irmão?” Como se meus batimentos não pudessem ficar ainda mais acelerados, eles ficaram.
“Sim, ele está tomando conta de mim hoje. Você se importa se ele ficar com a gente?”
“Não, nem um pouco.”
“Venha, Gavin!” Cassandra chamou, enquanto o chamava acenando com a mão.
“Oi, eu sou Gavin.” Ele sorriu timidamente para mim.
“Eu sei.” Eu dei um risinho. “Eu sou Renesmee, mas todos me chamam de Nessie.”
“É um prazer.” Ele acenou polidamente.
“E então, o que vocês fazem para se divertir?” Perguntei.
“Amamos surfar com o corpo!” Cassandra disse rapidamente.
“Como vocês fazem isso?” Perguntei.
“É divertido! Venha, eu vou te mostrar.” Gavin segurou minha mão e nós corremos para dentro da água.”Me veja fazer, e depois eu te ensino.” Ele deu um sorriso largo para mim, e soltou minha mão. Ele era tão fofo! Seu cabelo, tão escuro quanto o de Cassandra, estava grudado no seu rosto por estar molhado. Ele tinha um monte de músculos, quase tantos quanto Jacob. Assisti-o deitar reto de barriga para baixo enquanto navegava uma onda. Eu fiquei de pé com a água na altura do joelho e fiquei saltitando excitada enquanto assistia.
“Eu quero tentar!” Eu gritei.
“Bem, venha aqui.” Gavin acenou para que eu nadasse até onde ele estava. Eu o alcancei e ele segurou na minha cintura para me fazer deitar reta de barriga para baixo na água.”Espere pela onda certa, e se prepare… nade com a onda!” Ele disse quando me soltou. Eu imediatamente afundei na água e rolei com a onda. Ele passou os braços ao meu redor e eu ofeguei por ar quando minha cabeça irrompeu a superfície.”Você tá bem?” Ele perguntou quando eu tomei fôlego.
“Sim. Eu quero tentar de novo.” Atirei meu rabo de cavalo por cima do ombro e nadei de volta por trás de Gavin. Assisti Cassandra enquanto ela pilotava sua onda. Ela fazia parecer tão fácil.
“Pronta?” Gavin perguntou. Suas mãos estavam no meu quadril de novo enquanto ele me segurava horizontalmente na água.
“Vamos lá!” Eu gritei, e ele me soltou. Nadei até a onda tomar o controle para mim, e eu estava deslizando na água. Me senti tão leve quanto uma pena. Meus joelhos rasparam no solo arenoso do mar e eu me levantei dando pulinhos.”Eu consegui, eu consegui!”
“Você foi ótima!” Cassandra correu até mim e me deu um abraço.
“Muito bem.” Gavin ergueu as mãos, e eu bati as minhas nas dele num high five.”Quer tentar numa onda maior? Elas são maiores no outro lado da ilha.”
“Claro!” Eu me virei para caminhar até a praia, e eles dois voltaram para a água.
“Nadando é mais rápido.” Gavin disse.
“Eu não consigo nadar tão rápido quanto vocês.” Apontei.
“Suba.” Ele virou de costas para mim. Eu engoli duro, e me virei para olhar a praia vazia. Parte de mim estava torcendo para que meu pai surgisse do meio das árvores e me dissesse que não. A outra parte gritava para que eu tirasse proveito da liberdade.
“Ok.” Suspirei. Gavin ficou de joelhos para que eu pudesse passar os braços ao redor do seu pescoço.
“Segure o fôlego!” Ele virou a cabeça para me dizer. Eu fiz como ele disse, e ele mergulhou na água. Ele subiu de volta alguns segundos depois e nós voamos pelo ar. Mergulhamos de volta na água, e numa questão de segundos nós estávamos no outro lado da ilha. As ondas eram maiores aqui. Eu raramente nadava desse lado porque meus pais sempre haviam dito que estas ondas eram grandes demais. Elas se elevavam acima da minha cabeça.
“Não sei não.” Eu disse quando uma onda quebrou sobre nós. Me prendi às costas de Gavin.
“Vamos lá. É divertido.” Ele me tirou de cima dele e me segurou acima da água.”Ok, essas ondas vêm mais rápido, então se prepare! Eu vou te soltar!”
“Não, esper-” Tentei protestar, mas ele soltou e eu estava girando. Eu rolei junto com a onda, sendo jogada de um lado para o outro como uma boneca. Eu não era capaz de dizer de que lado estava a superfície, e nadei em qualquer direção que fui capaz. Minha cabeça atingiu algo duro, e tudo ficou preto.
“Renesmee! Acorde! Por favor, acorde!” Eu ainda sentia como se estivesse sendo atirada de um lado para o outro pelas ondas. Isso fez meu estõmago revirar. Eu tossi e alguém me rolou para me colocar de lado.”Renesmee, você está bem?” Eu não queria abrir os olhos. Minha cabeça doía demais, e eu não conseguia parar de sentir que ainda estava na água.
“Minha mãe.” Eu disse com a voz rouca. Minha garganta doía. “Eu quero a minha mãe.” Fechei os olhos com força e afundei as unhas na areia para tentar me fixar ao chão e fazer as ondulações pararem.
“Deixe ela aí! Eles vão encontrá-la!” Alguém estava gritando.
“Pai, não vou abandoná-la! Ela é minha amiga.” Cassandra? O pai dela estava ali. Torci para que eu não os tivesse metido em encrenca. As ondulações estavam me deixando enjoada de novo e eu fui capaz de virar meu próprio corpo.
“Desculpe.” Ouvi Gavin suspirar para mim. Ao meu redor não havia mais nada a não ser silêncio.
Minha cabeça latejava, e eu não fazia ideia de onde estava. Eu sabia que estava longe demais para que meu pai ouvisse meus pensamentos. Eu conseguia me levantar? Forcei meus olhos a se abrirem e percebi que estava quase escuro. Por quanto tempo eu havia ficado desacordada? Por que meus pais ainda não haviam me encontrado? Então eu me dei conta, eu não poderia ter deixado um rastro indicando onde eu estava. Eu havia nadado até aqui.
Rolei para ficar de barriga para baixo e tentei rastejar até a linha das árvores, para que eu pudesse ver onde eu estava. Me senti atordoada e me deitei de novo. Lágrimas correram pelo meu rosto. “Mãe! Pai!” Eu gritei.
“Mãe!” Eu estava soluçando agora, o que fez minha cabeça doer ainda mais. Minha visão estava ficando enevoada. Levantei a mão para tocar o ponto que mais doía na minha cabeça e minha mão ficou imediatamente coberta de sangue.
“Renesmee!” Ouvi as súplicas fracas do meu pai. Ele soava enfurecido e assustado. Me perguntei se eu estava em encrenca, ou se eles estariam preocupados demais para ficarem bravos.
“Ness!” A voz da minha mãe estava mais próxima.
“Mãe!” Eu gritei o mais alto que consegui, mas não era mais do que um gritinho fraco. Espalmei as mãos ao redor do pescoço. Parecia que alguém havia enfiado cacos de vidro minha garganta abaixo.
“Onde você está?!” A voz dela estava se afastando.
“Mamãe!” Eu gritei mais alto, minha cabeça estava girando, mas eu lutei para me manter consciente.
“Continue falando, querida! Não consigo sentir seu cheiro em lugar nenhum.” Ela estava se aproximando de novo.
“Rápido!” Comecei a chorar de novo. “Está doendo.” Eu solucei. Eu tive um arrepio por estar molhada e o sol não estar mais brilhando. Tentei me manter calma porque minha cabeça doía mais a cada soluço.
“Edward! Aqui, ela está sangrando!” Ouvi as árvores farfalhando atrás de mim e deixei a escuridão tomar conta.
Quando voltei a mim novamente eu ainda sentia a areia sob meu corpo. Mãos frias moviam-se sobre ele. todo Minha cabeça estava sendo segura com firmeza pelas mãos de alguém. “Nós temos que levá-la para dentro.” Eu pude ouvir meu pai apressando minha mãe.
“Não, não podemos movê-la. Eu não sei que tipos de ferimentos ela tem.” O som da voz da minha mãe indicava que ela estaria chorando se pudesse. Lutei para abrir meus olhos, mas não fui capaz. A sensação era de como se alguém os estivesse segurando minhas pálpebras com pesos.
“Me dê sua camiseta.” Minha mãe disparou. “Eu tenho que parar o sangramento!”
Eu senti pressão, muita pressão no lado da minha cabeça. Eu me contraí.”Renesmee, bebê, você pode me ouvir?” Meu pai perguntou nervoso.
Papai, por favor. Faça parar. Está doendo! Eu não queria abrir a boca para falar porque eu sabia que eu começaria a gritar. A pressão estava fazendo minha cabeça doer ainda mais. Eu não achava que isso era possível.
“Eu sei que está doendo, querida. Aguente firme. O que você fez?”
“Ela está falando com você?” Minha mãe lhe perguntou. Ele deve ter acenado porque eu não o ouvi responder.
Por favor.
“Algum outro lugar dói além da cabeça?” Minha mãe me perguntou.
Eu não sei. Minha cabeça dói demais para sentir qualquer outra coisa. Ouvi meu pai repetir as palavras.
“O pescoço dela não está quebrado. Vamos levá-la pra dentro. Eu quero ligar para Carlisle. Não consigo fazer isso sozinha.”
“Aqui.” Ouvi meu pai dizer. “Ligue para ele no caminho de casa. Eu vou carregá-la.” Mais uma vez minha cabeça girou e o som da voz a qual eu tentei tão fortemente me prender desapareceu.


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domingo, 8 de agosto de 2010

Coraçao Inquieto - 4º capitulo

Olá, temos hoje mais um capitulo da fic... E lembrando que as vagas para postar a fic estao abertas, se voce ainda nao sabe sobre as vagas clique aqui. Entao vamos mais a um capitulo.

Sábado, finalmente. Abri meus olhos e me sentei, olhando ao redor do quarto. Pulei para fora da cama e espiei pelo corredor. Não havia nenhum som em parte alguma. Terminei de abrir minha porta e fui para o corredor na ponta dos pés. Passei pela sala de estar, que estava vazia. Olhei para o corredor que levava ao quarto dos meus pais. Estava escuro, a porta deles estava fechada. Eu havia levantado antes deles? Eu sabia que eles não dormiam, e o que eles faziam a noite inteira, eu não tinha ideia. Deve ficar tedioso. A risada do meu pai me fez dar um pulo e ele abriu a porta. “Bom dia. Você acordou cedo. “

Dei de ombros. “É sábado, fiquei animada.” Assisti-o sair do quarto e fechar a porta atrás dele. Ele estava vestindo apenas shorts. Olhei na direção da porta fechada.
“Onde está a mamãe?”
“Ela sairá em um minuto. O que você quer para o café da manhã?” Ele perguntou enquanto colocava as mãos nos meus ombros, empurrando-me na direção da cozinha.
Eu sorri e lhe lancei visões de mim comendo um omelete com queijo e presunto.
“Pode deixar.” Ele me soltou quando chegamos na cozinha. Caminhei até a geladeira, passando-lhe os ovos e tirando o leite para fora. Ele me passou um copo e eu me sentei à mesa. “Você dormiu bem?” Meu pai perguntou enquanto trabalhava no fogão.
“Sim, mas eu sonhei com o homem-peixe. Foi estranho.” Tomei um gole do meu leite.
Meu pai derrubou a espátula e se virou para olhar para mim. “Que tipo de sonho?”
Não pude evitar de soltar um risinho. “Que eu estava caçando, e o bebi até secá-lo.”
“Você não ia gostar do gosto dele de qualquer forma. Ouvi dizer que o sangue deles é quase azedo.” Meu pai zombou.
“Apenas um jeito de descobrir.” Murmurei.
“Você deixe ele pra lá. Fazem 3 dias desde que o vimos. Não acho que ele vá nos incomodar de novo. Portanto você não precisa ir pescá-lo, nem a família dele.” Ele colocou meu café da manhã na minha frente. “Coma.” Ele beijou o topo da minha cabeça e saiu da cozinha.
Enquanto ele saía eu lhe lancei imagens de mim lá fora na praia procurando por conchas. “Está bem! Só tome cuidado.” Ele respondeu rápido demais, e ouvi-o acelerar o passo enquanto voltava para o quarto.
Engoli meu café da manhã inteiro e corri para o meu quarto. Rapidamente enfiei minha roupa de banho e uma saída por cima. “Estou saindo!” Gritei enquanto corria para o meu quarto de jogos para pegar meu balde de brinquedos de praia. Corri para o closet do corredor do quarto dos meus pais para pegar uma toalha.
“Divirta-se! Leve seu celular, te ligaremos quando quisermos que você volte pra casa.” A voz da minha mãe flutuou pelo corredor. Eu parei, esperando que ela perguntasse se eu havia feito a cama, o que eu não havia, mas ela não disse mais nada. Dei um passo em direção à porta deles, mas dei de ombros e saí correndo da casa.
“Vou levar meu quadriciclo!” Mesmo estando lá fora eu sabia que meu pai podia me ouvir. Esperei por um minuto inteiro por algum sinal de protesto, mas nada aconteceu. Abri as portas da garagem e passei a parte de trás da mão na minha testa. Estava quente demais para não passar o dia na praia. Pendurei meu balde no guidão e enfiei meu capacete, o que me fez ficar com ainda mais calor. Como o assento estava quente eu sentei na minha toalha. Virei a chave, e saí da garagem. Eu ainda vaguei por ali por alguns segundos esperando que meu pai ouvisse o motor e viesse dizer que eu não podia dirigir sozinha. Nenhum sinal dele, então eu virei e acelerei em direção à praia.
Quando cheguei lá, estacionei o quadriciclo perto das árvores. Peguei todas as minhas coisas e ajeitei minha toalha na areia. Alcancei meu balde e peguei meu rádio portátil. Liguei-o e ajeitei o resto das coisas. Assim que terminei atirei minha saída na toalha, peguei meu balde vazio e me dirigi em direção à água. As conchas que eram lavadas pelas ondas eram lindas. Eu havia começado uma coleção quando me mudei para cá, e agora ela ocupava duas estantes na sala de estar.
Me sentei, deixando a água vir e me atingir. De vez em quando eu conseguia pegar uma concha que estava sendo trazida pela correnteza. Fui com a mão para pegar outra, mas era uma mão. “GAH!” Eu engasguei e fiquei de pé num salto. Meu balde caiu, e minhas conchas preciosas foram levadas embora pela água. Me virei para a garota parada na minha frente e rosnei. “Você me fez derrubar meu balde!”
“Desculpe.” Ela deu de ombros e se abaixou para pegar uma. “Aqui.” Ela estendeu o braço para entregá-la para mim.
“Obrigada.” Resmunguei. “Espere, quem é você?” Seu longo cabelo preto pendia solto abaixo de seus ombros, e ela vestia um traje de banho que parecia ter sido feito de coisas do fundo do oceano. Era legal.
“Me chamo Cassandra, e você é?”
“Renesmee.” Olhei para ela confusa. “Você é uma sereia?” Perguntei. Ela concordou com a cabeça e se sentou, e eu me sentei ao seu lado.
“Sim, meu pai é o homem com quem você se encontrou no outro dia. “
“Oh, Peix… Ashton?” Perguntei.
Ela concordou com a cabeça. “Eu sinto muito por ele ter ficado bravo com você. Nós estávamos nos alimentando nos arredores e ele achou que você era uma ameaça. Ele é um pouco superprotetor.”
Eu ri e atirei uma concha quebrada na água. “Nem me diga.”
“O que você é?” Ela perguntou. “Eu não quis soar rude, me desculpe. Mas eu nunca soube que esta ilha era habitada por humanos. Não dizendo que você não seja…”
“Cassandra, está tudo bem.” Dei um risinho quieto. “Sou uma híbrida. Meio-humana e meio-vampira. Minha mãe e meu pai são vampiros.” Ela ofegou e se afastou de mim. “Relaxa, eu não vou beber seu sangue. Meu pai me disse que vocês têm um gosto azedo.” Percebi o que havia dito e rapidamente adicionei, “Mas ele nunca provou ninguém da sua espécie! Isso foi o que ele ouviu. Ele nem sabia que vocês eram reais até o outro dia.”
Cassandra relaxou. “Azedo?” Ela perguntou.
Dei de ombros. “Você tem cheiro de peixe para mim, mas quem vai saber.” Parei por um minuto e olhei para ela. “Como foi que nós nunca vimos nenhum de vocês por aqui? Nós já estamos aqui há alguns anos. “
“Nós nos mudamos bastante. Não queremos que os humanos nos descubram, então ficamos num lugar por um tempinho e depois nos mudamos. Não havíamos estado aqui por cinco anos, então achamos que seria seguro voltar.” Ela deu de ombros, e ficamos sentadas em silêncio por alguns minutos.
“Quantos anos você tem?” Ela perguntou enquanto atirávamos conchas quebradas no oceano. Nos levantamos e decidimos caminhar pela praia.
“Acabei de fazer 11… bom, algo do tipo.”
“Eu também tenho 11. Espere, o que você quer dizer com algo do tipo?” Ela andou para a minha frente para me bloquear.
“Você não precisa permanecer na água?” Perguntei, lembrando das guelras atrás das orelhas. Tive um calafrio.
Ela deu um risinho. “Eu estou.” Ela disse e chutou água em mim. Dei de ombros e continuamos caminhando. Então, o que você quis dizer antes? Quando disse algo do tipo. Você foi transformada nessa idade?”
“É uma longa história.”
“Nós temos um bocado de praia.” Ela disse, e nós duas rimos. Eu lhe contei minha história de vida, e ela parecia se pendurar em cada palavra.
“E então, isso é tudo. Esquisito, huh? “
“Isso é incrível! Sua mãe é muito valente.”
“Como é a sua mãe?” Eu já conhecia o pai dela.
Cassandra parou e se sentou. Eu a imitei. “Minha mãe morreu quando eu era um bebê. “
“Sinto muito.” Sussurrei. “O que aconteceu?”
“Meu irmão estava nadando em águas perigosas, ela foi atrás dele e tubarões a pegaram antes que ela voltasse.” Ela sussurrou.
“Uau, isso é terrível.” Eu disse suavemente, e coloquei o braço ao redor dela. “Seu irmão ficou bem?”
Ela deu um suspiro pesado. “Sim, somos só eu, ele e nosso pai. É por isso que ele é tão super-protetor conosco. Não podemos ir a lugar nenhum sem que ele saiba.”
“Meu pai é igual. Eu não tenho um histórico muito seguro, e nem minha mãe. Então meu pai é super-protetor com nós duas. Onde seu pai acha que você está agora?” Perguntei-lhe. Ela estendeu o braço para baixo e pegou uma concha, e colocou-a numa bolsa que estava amarrada ao redor do seu corpo.
“Pegando conchas.”
Eu ri. “Meus pais acham a mesma coisa.” Eu suspirei e baixei os olhos para as minhas mãos. “Meu pai não quer que eu converse com nenhum de vocês.”
“Nem o meu.” Ela deu um sorriso zombando. “O que eles não sabem não os atinge. “
HA! “Fácil pra você falar.” Ela me olhou confusa e eu balancei a cabeça. Não senti vontade de tocar no assunto. Neste instante, um garoto que parecia apenas alguns anos mais velho que eu caminhou para fora da água. “Isso é bizarro.” Apontei. Cassandra riu.
“É só o meu irmão, Gavin.” Olhei para ele e ele estreitou os olhos para mim.
“O papai está procurando por você. É quase hora do jantar.” Ele disse, e Cassandra e eu ficamos de pé num salto.
“Estou frita!” Eu gritei e corri em direção às minhas coisas.
“Volte amanhã!” Cassandra gritou para mim.
“Se eu puder!” Gritei por cima do ombro enquanto corria.
Cheguei no meu quadriciclo ao mesmo tempo que meu pai voou para fora das árvores. “Onde você estava?” Suas mãos se agarraram aos meus ombros.
“Bem aqui.” Engoli duro, e levantei meu balde. “Pegando conchas, como eu havia dito. “
“Onde está seu celular?” Ele perguntou, e eu me virei apontando para a minha toalha com todas as minhas coisas em cima.
“Você não ouviu ele tocar?”
“Acho que está no silencioso. Desculpe, não vai mais acontecer.” Eu disse enquanto caminhava até a toalha.
“Está?” Ele perguntou e eu o vi pegar seu celular e discar meu número. Fechei os olhos com força quando o telefone tocou alto.
“Ok, ok. Eu fui caminhar pela praia e esqueci meu celular. Não vai mais acontecer.”
“Pegue suas coisas, sua mãe preparou seu jantar. Você deve estar morrendo de fome dado que não almoçou. “
Passei pelo meu pai e fui até meu quadriciclo, e ele segurou meu braço para me parar. “Por que você está com cheiro de peixe?” Ele rosnou.
“Eu estava nadando, e antes pescando. Desculpe por não ter ido almoçar, eu comi aqui.” Ele estreitou os olhos para mim, procurando dentro da minha mente. Eu lhe mostrei visões de mim pescando e nadando. “Está vendo. Foi tudo o que eu fiz. “
“Ok…” Ele suspirou e soltou meu braço. “Precisa que eu te espere?”
“Não, não! Estou bem. Vá na frente. Vá avisar a mamãe que eu estou indo pra casa.” Esperei até que ele estivesse fora de vista antes de desabar no chão.
“Você fez! Você realmente fez!” Sussurrei para mim mesma. Eu não podia acreditar que havia acabado de mentir para o meu pai, e ele havia acreditado em mim! “Eu sou boa.” Me levantei e limpei o suor da testa. “Mas essa foi por pouco.”
“Você encontrou alguma concha?” Minha mãe perguntou enquanto eu entrava na casa. Ela flutuou até mim, seu vestido de verão branco ondulando atrás dela.
Eu lhe estendi meu balde. “Só algumas. Eu estava pegando e veio essa g- onda e derrubou meu balde.”
“Oh, não.” Minha mãe beijou o topo da minha cabeça e pegou meu balde. “Tenho certeza que as que você pegou são lindas, e você pode tentar de novo amanhã.” Ela disse enquanto virava para lavar as conchas. Eu corri atrás dela.
“Então eu posso ir de novo amanhã?”
“Não vejo por que não.” Ela lançou um sorriso para o meu pai, e ele piscou para ela antes de beijá-la.
“Mas se você for ficar o dia inteiro me avise, e eu te preparo um sanduíche. Sem mais peixe, você está fedendo.” Ela disse enrugando o nariz. Meu pai riu e passou os braços ao redor dela.
“Sem mais peixe, entendi.” Atirei minha toalha no chão e sentei-me à mesa para jantar.
“Mãe?” Perguntei assim que meu pai saiu do seu lado. Ele saiu da cozinha em direção ao meu quarto de brinquedos. Ele ia falar com o tio Emmett.
“O que é?” Ela se virou para olhar para mim, colocando a frigideira que ela estava limpando na pia.
“Você pode colocar seu escudo ao meu redor essa noite?”
“Por quê?” Ela olhou na direção do meu quarto de brinquedos.
“Eu só quero pensar um pouco, sozinha.”
“Claro, querida.” Ela se inclinou e enfiou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha, e beijou minha testa. “Sua mente é toda sua.”
“Obrigada.” Eu sorri e enchi a boca com o meu espaguetti. EU CONHECI UMA SEREIA E ELA É TÃO LEGAL! Eu gritei de novo e de novo dentro da minha mente. Eu não conseguia mais me conter. Eu devia muito à minha mãe, então decidi terminar de lavar a louça sozinha.
Minha mãe olhou para mim com suspeita, sentiu minha testa, e então deu de ombros e saiu da cozinha. Eu me perguntei o que havia com Gavin, ele estava provavelmente apenas tomando conta da irmã. Mas ele era extremamente gatinho. Eu dei um risinho para mim mesma. Sim, Ness, isso acabaria bem. Ei pai, posso ir num encontro com um lindo e mais velho Tritão? Eu me segurei na pia enquanto ria da minha piada interna.
“Qual a graça?” Meu pai perguntou enquanto entrava na cozinha. Ele parecia estar um pouco aborrecido.
Eu dei de ombros e balancei a cabeça.
“Nada.”Ele cruzou os braços contra o peito e estreitou os olhos para mim. Eu encarei de volta. “Bella!” Ele gritou e foi a passos largos para onde quer que ela estava. Eu soltei meu prato na água com sabão e fui nas pontas dos pés até a porta da cozinha.
“Bella.” Meu pai disse de novo quando a encontrou no meu quarto de brinquedos, no computador. Eu espiei pela quina.
“Só um segundo, Alice.” Ela disse e se virou na direção do meu pai. Ela levantou as sobrancelhas. Ele não devia esta parecendo feliz. “Sim?”
“Por que você está bloqueando Renesmee?”
“Ela me pediu.”
“Por quê?”
“Eu não sei.”
“Bella, eu falo com você mais tarde.” Tia Alice disse, e minha mãe acenou para a tela, e desligou-a sem nem olhar.
“Baixe o escudo.” Ele disse inclinando-se sobre ela. Eu ia entrar e falar alguma coisa, mas decidi não fazê-lo. A encrenca seria maior do que a que minha mãe já estava metida agora.
“Não.” Minha mãe disse com rigidez. Eu dei um sorriso largo.
“Ela está escondendo algo de nós.” Ele sibilou para ela.
“Como o quê? Que ela pilotou o quadriciclo sem capacete? Edward, nós somos os únicos nesta ilha. No que ela poderia se meter?”
“Quem sabe! Ela é sua filha.”
Minha mãe revirou os olhos, e se levantou passando os braços ao redor do pescoço dele. “Ela é uma garota em crescimento, dê a ela alguma privacidade.”
“Está bem.” Meu pai gemeu, e minha mãe ficou na ponta dos pés para beijá-lo.
“Isso!” Eu sibilei e me virei rapidamente para voltar aos pratos.
“Renesmee.” Meu pai me chamou.
“Nada! Eu só pensei numa coisa.” Assegurei-lhe. Ele rosnou e minha mãe apenas soltou um risinho.
Após terminar eu tomei um banho e subi na cama. Eu mal podia esperar pelo feriado de primavera para que eu pudesse apresentar Cassandra a Claire e Alyssa. Eu me perguntei o que Jacob acharia dela. Bocejei e agarrei meu lobo de pelúcia. “Boa noite, Jakey.” Sussurrei na orelha do lobo e fechei meus olhos

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Coração Inquieto - 3º capítulo

Olá... Bom hoje temos mais um capitulo de coraçao inquieto, nao estamos postando com foi dito porque estamos com falta de newsposters... logo logo abriremos vagas para a equipe, mas por enquanto fiquem com mais um capítulo da fic, e lembrando que tem enquete nova!!!

Na manhã seguinte eu estava sentada do lado de fora, na mesa do quintal. Minha cabeça estava repousando no meu braço na mesa, enquanto meu pai ia e voltava na minha frente. Ele estava me dando uma aula sobre a Guerra da Revolução, mas eu não estava prestando atenção. Eu estava encarando a garagem que estava trancada. Eu queria sair para dirigir. A chuva de ontem já havia secado completamente e estava realmente calor do lado de fora. O vento seria o antídoto perfeito para o calor. Bem neste momento, eu senti uma mão fria na minha nuca. “Melhor?” Meu pai perguntou. Eu gemi sabendo que ele havia ouvido meus pensamentos. Empurrei a mão dele para longe e ele se inclinou sobre mim com as mãos na mesa. “Ok, hora das perguntas.” Ele deu um tapinha nas minhas costas e caminhou para longe de mim para continuar a ir de um lado pro outro.
“O quê? Mas eu nem ouvi a lição de hoje!” Eu resmunguei.
“Não é minha culpa.”
“A garagem me distraiu!” Bom, distraiu. Meu pai se virou para olhar para a garagem, e de volta para mim.
“O que ela fez?” Ele perguntou, de repente se divertindo.
“Ela está apenas parada lá, me encarando.” Eu afundei de volta na minha cadeira, cruzando os braços contra o peito.
“Nós podemos fazer isso lá dentro.” Ele sugeriu.
“Não.” Suspirei. “Ok, pergunte.” Meu pai estendeu a mão sobre a mesa e fechou meu laptop e meu livro.
“Quando a guerra começou e terminou?” Ele perguntou.
Engoli duro. “1775… até… 1786? Não, espere, 1782… Não, é 1783. “
Meu pai riu de mim. “Essa é sua resposta final?” Ele zombou.
“Sim.” Eu disse confiante.
“Correto. E a guerra tem outro nome. Qual é?”
“Guerra da Revolução?” Eu lhe dei um sorriso torto. Ouvi minha mãe dar um risinho.
“Renesmee.” Meu pai alertou.
“Ok, ok… eu não sei.” Suspirei.
“Eu acabei de te dizer isso há 10 minutos. Quando você estava sendo distraída pela garagem. Era também conhecida por Guerra da Independência Americana. “
“Entendi.” Acenei confiante.
“Como a guerra terminou?”
“Essa é fácil! O Tratado de Paris pôs fim à guerra, e a Grã-Bretanha foi forçada a reconhecer a independência das 13 colônias dos Estados Unidos.” Eu sorri, orgulhosa de mim mesma. Meu pai ficou parado na minha frente com a boca aberta. Eu olhei para a minha direita e minha mãe havia parado de ler, e também estava me encarando. “O quê?” Perguntei subitamente auto-consciente.
“Essa foi uma resposta muito adulta. Muito bem.” Meu pai sorriu para mim. “Estou impressionado. “
“Obrigada.” Eu sorri.
“Intervalo de 5 minutos. Vá pegar um lanche. ” Eu não podia creditar que meu pai havia acabado de me dar um intervalo. Usualmente eu trabalharia sem intervalo até a hora do almoço. Corri para dentro da casa e voltei com um pequeno saco de batatinhas e um refrigerante. Meu pai estava agora tirando o livro da minha mãe das mãos dela.
“Ok, Bella. Qual é a primeira coisa que você solicita quando um paciente chega com um ferimento na cabeça?” Ele lhe perguntou.
“Essa é fácil, uma radiografia da cabeça.” Meu pai se inclinou para baixo e a beijou.
“Sim. Agora, quais são os sinais de hemorragia interna e o que você deve fazer com relação a isso?” Descansei a cabeça nas mãos e esperei até minha mãe responder. Ela se indireitou e sorriu confiante.
“A pressão sanguínea estaria baixa e o pulso alto. Os sons abdominais estariam mudos ou ausentes. Haveria rigidez abdominal e inchaço. As extremidades começariam a esfriar. Fluidos deveriam ser administrados. Seria necessário retirar sangue para o FBC, U&E, LFT, e depois juntar, guardar e realizar comparações cruzadas com pelo menos 4 unidades. Um ultrassom abdominal precisará ser solicitado, e então um especialista em trauma terá que apalpar o abdomem e ele irá revisar a radiografia. “
“Sim.” Meu pai acenou com a cabeça e pegou o rosto dela em suas mãos, beijando-a. “Você vai ser fantástica! Eu acho que você pode até deixar o Carlisle no chinelo. “
“Você falou outro idioma agora?” Perguntei antes que minha mãe pudesse responder para o meu pai. Os dois olharam para mim e riram.
“Não, tudo aquilo foi em português.” Minha mãe estendeu a mão e tocou minha bochecha.
“As únicas coisas que eu entendi que estavam em português foram ‘de, e, o, e ele.’ Todo o resto foi grego.” Os dois riram de mim.
“Falando de outro idioma, hora do espanhol.” Meu pai devolveu o livro da minha mãe e ficou em pé na minha frente de novo.
Eu gemi.
Pelas próximas horas nós trabalhamos no resto dos meus deveres e eu fui finalmente liberada para ir brincar. Corri na direção da garagem, mas meu pai parou na minha frente. Colidi com ele no meio da corrida antes de conseguir frear. “Qual é!” Choraminguei enquanto tentava passar por ele.
“Nós vamos sair para caçar.” Meu pai se inclinou para baixo e eu notei como seus olhos estavam negros.
“Oh, ok.” Eu não precisava ir caçar, mas eu nunca abriria mão de uma chance de ir. Era divertido. “Aonde vamos?”
“Acho que vamos ficar na ilha desta vez.” Dei a volta com meu pai até a frente da casa onde minha mãe estava esperando. Ela saiu correndo e meu pai me colocou nas costas dele para segui-la. Eu podia correr rápido, mas nem de longe tão rápido quanto eles.
“Eu quero aquele!” Apontei na direção da minha presa. Meu pai me colocou no chão e me assistiu espreitar em direção a ela. Quando eu terminei, ele se virou e espreitou sua própria presa. Neste ponto minha mãe estava no seu segundo animal.
“Ness, não tão longe.” Minha mãe gritou para mim quando eu vaguei mais para dentro das árvores.
“Eu sei!” Gritei por cima do ombro. Estávamos perto da praia e eu gostava de pescar. Descalcei minhas sandálias e entrei na água até a altura do joelho. Estendi a mão para baixo para pegar um peixe que estava nadando na minha direção, quando ao mesmo tempo algo agarrou meu tornozelo. Eu gritei e dei um salto para trás.
“Nessie!” Ouvi meu pai me chamar. Eu o ignorei quando vi o que havia me agarrado.
“Quem é você?” Perguntei.
“Ashton, quem é você?” Ele me perguntou.
“Renesmee. Por que você está no nosso território?” Perguntei enquanto ele se levantava e crescia na minha frente.
“Seu território? Estas águas pertencem à minha família por centenas de anos. “
“Estas águas? Você vive na água?” Perguntei-lhe.
“Sim, e você está espantando meu jantar.” Ele disparou contra mim.
“Eu vi primeiro.”
“Experimente caçar nas minhas águas de novo e eu vou me certificar de que você não tenha mais braços pra caçar.” Ele me ameaçou. Aquilo apenas me fez sorrir. Eu sabia que meu pai estava perto o suficiente para ouvir esta conversa.
“Você tem uma atitude ruim. Eu estava aqui primeiro, e você está na nossa terra. Vá embora. “
“O que você vai fazer, garotinha? Morder meus tornozelos?” Ele riu.
“Eu poderia, mas não vou. Meu pai vai cuidar disso pra mim.” Eu me virei quando ouvi meu pai me chamando de novo. Ele parou na linha das árvores e rosnou audivelmente.
“Saia de perto dela!” Ele rosnou e disparou para o meu lado. Ele me puxou e me colocou atrás dele. “Você não tem nada para dizer para ela.” Ele disse furioso.
“Sua pentelha estava nas minhas águas.” Ashton disparou.
“Esta é nossa terra e nossa praia. Vá caçar em outro lado. Você não dirija mais a palavra a ela.” Meu pai rosnou. Eu me inclinei ao redor dele e dei um sorriso escancarado.
“Ness, venha aqui.” Minha mãe chamou da linha das árvores, e meu pai estendeu o braço para trás para me empurrar na direção dela. Eu caminhei de costas, não querendo ficar de costas para Ashton. Meu pai sempre havia me ensinado a nunca virar as costas para o perigo quando fosse fugir. Quando alcancei minha mãe ela me segurou pelos ombros e me deslocou para ficar atrás dela.
“As linhas de fronteira mudaram. Obedeça-as ou eu tomarei uma atitude. Minha esposa, minha filha e eu mantemos residência permanente nesta ilha. Eu não quero ver você caçando por aqui com elas andando pela praia sem mim. Você mantenha sua distância e nós manteremos a nossa.” Meu pai disse calmamente.
“O que é aquilo?” Sussurrei para a minha mãe.
“Não sei. Fique atrás de mim, e fique quieta.” Ela sibilou.
“É justo.” Ashton passou o olhar pelo meu pai em direção a mim. Um rosnado profundo emanou do meu pai e minha mãe nos recuou para mais perto da segurança das árvores.
“Você não tem motivo para olhar para elas. Vá embora, agora.” Meu pai rosnou. Ashton mergulhou para dentro das ondas. Meu pai permaneceu onde estava.
“Edward.” Minha mãe chamou por ele.
“Está tudo bem.” Ele disse, virando-se na nossa direção.
“O que era aquilo?” Minha mãe e eu perguntamos ao mesmo tempo.
“Eu havia ouvido que eles existiam, mas nunca havia visto um em toda a minha vida.” Ele disse enquanto caminhava até nós. “Você está bem? Ele te machucou de alguma forma?”
“Não. Estou bem.” Eu lhe assegurei.
“Ele é um sereiano.”
“HA!” Eu me curvei rindo. “Como A Pequena Sereia?” Perguntei entre os risos.
“Algo do tipo. Exceto que eles não têm cauda, eles têm pernas de verdade. Como você acabou de ver. Para respirar embaixo da água eles têm brânquias atrás das orelhas.” Meu pai nos disse.
“Que nojo.” Eu tive um calafrio com o pensamento. Comecei a caminhar de volta na direção da água, mas meu pai me puxou de volta. “Eu quero minhas sandálias.” Eu lhe apontei onde as havia deixado. Ele desapareceu e apareceu de novo na minha frente num piscar de olhos. Ele me estendeu minhas sandálias e me colocou de volta nas suas costas. “Então eu não tenho permissão de chegar perto da água agora?” Perguntei-lhe quando começamos a correr. Minha mãe devia ter interesse na minha pergunta, porque ela se virou para olhar para o meu pai.
“Não, ele não vai te machucar. Eles são apenas peixes grandes que parecem com humanos, mas você deve ficar longe se vê-lo novamente. Você não deverá vê-lo, mas se ver saia da praia imediatamente e avise um de nós.” Ele gesticulou apontando ou para ele ou minha mãe. “Renesmee, a espécie dele não é uma com que se deve mexer. Prometa que vai evitar contato com ele novamente. “
“Ok, ok. Eu prometo.” Eu suspirei e descansei a bochecha no ombro dele.
“Você também, Bella. Especialmente você. Eu não gosto dos pensamentos repulsivos que estavam correndo pela cabeça dele quando ele olhou pra você.”
“Ha! O garoto peixe tem uma quedinha pela mamãe!” Eu brinquei, e meu pai parou, me soltou e eu caí das suas costas. Ele girou e caiu de joelhos, agarrando meus ombros.
“Renesmee Carlie, isso não é brincadeira. Estou falando sério, fique longe dele! Se eu vê-la falando com ele de novo você vai deixar de ter permissão de ir até a praia.” Ele se levantou e pegou minha mão. Nós estávamos perto da casa, então podíamos andar pelo resto do caminho. O cérebro de peixe não iria me tocar. Eu sabia tomar conta de mim mesma. Por que ele não podia confiar em mim?
“Você é apenas uma criança. Por isso.” Ele irritantemente respondeu a minha questão não perguntada.
“Se eu quisesse que você respondesse minha pergunta eu a teria feito em voz alta!” Puxei minha mão da dele e saí tempestuosamente na frente deles.
“Renesmee!” Minha mãe gritou.
“É verdade!”
“Eu não ligo. Ele só está te protegendo. Deixa pra lá.” Ela me disse.
Eu não olhei para trás quando a casa entrou no campo de vista. Corri na frente deles na direção dela. Irritantemente eles conseguiam me alcançar com facilidade. “Vou para o meu quarto.” Eu bufei e bati a porta para fechá-la. Abri meu celular e liguei para a primeira pessoa que me veio em mente.
“Ei Ness!” Jacob disse no telefone. Eu pulei para fora da cama e caminhei para dentro do meu closet. Me sentei e fechei a porta. “O que há de errado?” Perguntou Jacob quando eu não respondi para ele. Eu não pude evitar um sorriso. Ele sempre sabia quando alguma coisa estava errada. “Mãe ou pai?” Ele perguntou, sua voz soando um pouco mais preocupada quando eu não respondi novamente.
“Pai.” Eu suspirei.
“Converse comigo, docinho.” Ele encorajou.
Eu respirei fundo, e contei minha história sem fazer nenhuma pausa. Ele riu quando eu lhe contei sobre o sereiano, mas ficou sério de novo quando eu disse que ele havia me ameaçado. “Ness, eu sei que você é quase uma adolescente,” Outra coisa que eu amava a respeito de Jacob era que ele gostava de ir pela idade que eu aparentava e não pela que eu realmente tinha. Ele continuou sem parar. “mas você tem que perceber que você não é velha o suficiente para tomar conta de si mesma. Eu odeio dizer isso, mas seu pai tinha razão no que ele disse. Ele só está preocupado com a sua segurança. Mas eu serei o primeiro a admitir que ele passa dos limites quase toda vez, mas neste momento, ele está certo. Você entenderia melhor se seus hormônios rebeldes de adolescente não estivessem no comando agora.” Ele parou esperando pela minha resposta, mas eu estava apenas absorvendo tudo o que ele estava dizendo. “Sinto muito por você estar chateada.” Ele disse um pouco depois.
“Estou bem. Eu entendo.” Suspirei. “Vou pedir desculpas. “
“Essa é minha garota.” Eu pude ouvir o sorriso na voz dele e tive que sorrir também.
“Estou com saudade, Jakey.” Sussurrei no telefone.
Ele riu. “Quando é que você vai ficar grande demais pra esquecer esse apelido?”
“Nunca, eu gosto. Ninguém mais te chama assim.” Eu dei um risinho.
“Sim, porque eu iria… falar com o seu pai. ” Ele disse, e eu desliguei o telefone.
“Papai?” Eu sussurrei quando entrei no quarto dos meus pais. Ele estava sentado em sua mesa, escrevendo algo.
“Hmm?” Ele não levantou os olhos.
Caminhei até ele e puxei seu braço até que ele soltasse a caneta, e subi no seu colo. “Desculpe.” Sussurrei e passei meus braços ao redor do seu pescoço.
“Jacob falou com você? ” Ele perguntou. Seu corpo enrijeceu sob o meu.
“Sim, mas eu realmente sinto muito.” Puxei meus braços de volta para poder olhá-lo nos olhos. Realmente sinto. Eu te amo. Pensei, e senti-o relaxar sob mim. Seus braços me abraçaram e eu suspirei.


bjos...

domingo, 1 de agosto de 2010

Coração Inquieto - 2º capítulo

Olá pessoal, a semana passada não postamos todos 4 capítulos da fic, isso porque o blog estava temporariamente for do ar, mas essa semana começamos postar certinho 4 capítulos semanais... E hoje então temos o segundo capitulo da fic....

Depois do café da manhã, e depois de muito implorar, eu pude sair com o meu quadriciclo para meu primeiro passeio. Eu corri ao redor da cozinha ajudando minha mãe a limpá-la. “Pare de me ajudar e vá se vestir”.
“Oi, você está doente?” Eu lhe perguntei, surpresa. Uma das minhas tarefas era ajudar minha mãe com a limpeza após as minhas refeições. Sem exceções, bem, a menos que eu estivesse doente. Isso só havia acontecido uma vez. Eu tive uma gripe.
“Não, bobinha. É o seu aniversário. Vá se divertir. Eu vou terminar aqui e te encontro lá fora. “
“Sem escola?” Eu odiava ter que lembrá-la, mas eu sabia que ela não iria ter esquecido de que era um dia de semana. Ambos os meus pais eram rigorosos quando se tratava do meu dever de casa.
“Não no seu aniversário. Além do mais, o papai te deu um pouco de tarefa extra ontem para compensar por hoje.” Então isso explicava as 2 horas extras que ele havia me dado.
“Eu amo o meu aniversário!” Eu gritei e me virei para ir correndo me vestir. Eu tive que rastejar para o fundo do meu closet para encontrar minhas roupas mais velhinhas. Quando eu estava enterrada numa pilha de roupas eu finalmente encontrei o que estava procurando. Meu jeans rasgado e uma camiseta cinza. Roupas que eu não me importaria se sujassem.
“Seu closet te engoliu?” Minha mãe perguntou quando entrou no meu quarto.
Eu fiquei de pé na minha pilha de roupas e as chutei para fora do caminho. “Não, eu tive que procurar por estas.” Eu apontei para as roupas que estava agora vestindo.
“Ok então. Vamos pilotar.” Ela estendeu a mão e pegou a minha para me ajudar a passar pela minha montanha de roupas.
Quando nós entramos no quintal meu pai estava sentado no meu quadriciclo. Então minha mãe pegou a câmera. “Suba.” Meu pai deu tapinhas no assento atrás dele.
“Eu quero pilotar!” Eu bati o pé.
“Deixe-me te mostrar como ele funciona antes. Você pode pilotar no caminho de volta.” Eu dei de ombros e saltitei até o meu pai.
“Onde está o meu capacete?” Perguntei olhando ao redor.
“Eu vou pilotar. Você não vai precisar dele.” Eu não quis discutir com ele, então subi no assento atrás e me virei para acenar para a minha mãe. Ela tirou uma foto. “Segure firme. Vamos ver do que esse negócio é capaz.” Eu me apertei contra as costas dele e travei meus braços ao redor da sua cintura.
“Pronta!” Eu gritei, e nós partimos. Eu engasguei com a arrancada súbita, e senti a vibração da risada do meu pai.
“Tudo bem com você aí atrás?” Ele perguntou, virando a cabeça para tentar olhar para mim.
“Olhe para onde você está indo!” Eu gritei e enterrei o rosto nas costas dele para me proteger dos galhos e árvores enormes que estavam ficando muito próximos.
“Segure firme!” Ele gritou e nós estávamos voando pelo ar. Teria ele realmente acabado de saltar com o quadriciclo daquela colina?
“Você está louco!” Eu gritei quando nós aterrissamos no chão. Ele riu mais alto e nos girou numa grande poça de lama. A lama espirrou em nós dois.
“E você está toda suja.” Ele disse, virando-se para olhar para mim. Eu permaneci colada às costas dele. “Respire, querida.” Ele zombou.
Eu esperei por um momento até que meus órgãos se reajustassem no meu corpo, e atirei a cabeça para trás rindo. “Aquilo foi incrível! Vamos fazer de novo!”
“Você não quer pilotar? Quero dizer, eu ficaria perfeitamente feliz se você quisesse que eu dirigisse-”
“Sai!” Eu o interrompi. Eu me levantei no assento e escalei por cima dele. Ele moveu-se para trás, deixando-me ocupar seu lugar na frente. “Como esse negócio funciona?” Eu estendi o braço para a frente, agarrei o guidão e afundei o pé no pedal.
“Não, espere!” Meu pai gritou mas toda a parte frontal do quadriciclo voou pelos ares e eu soltei o guidão para tapar meus olhos e gritar. “Não solte!” ele gritou, e eu senti seus braços ao meu redor com firmeza e o quadriciclo desapareceu de debaixo de mim. O solo macio e elameado o substituiu. Eu abri meus olhos e meu pai e eu estávamos no chão com o quadriciclo rosnando em frente a nós.
“Eu acho que soltei.” Eu me virei nos braços do meu pai e me ajoelhei na frente dele.
“Sim, eu acho que você soltou. Agora me escute e não toque em nada até que eu te diga.” Ele me ajudou a me levantar e me conduziu de volta para o quadriciclo. Nós subimos nele de novo e meu pai passou o braço pelo meu lado. Ele segurou minhas mãos, posicionando-as no guidão. Assim que ele terminou de me dizer o que todos os pequenos mecanismos faziam ele moveu as mãos para os meus quadris e respirou fundo. “Quando você estiver pronta, vá em frente.” Ele suspirou. Era minha vez de respirar fundo.
“Eu não sou capaz de fazer isso.” Eu soltei do guidão.
“Minha filha acabou de dizer que ela não é capaz de fazer alguma coisa?” ele soltou a minha cintura e pegou minhas mãos, colocando-as de volta no lugar. “Você consegue. Pise no pedal.” Ele soltou minhas mãos. Eu respirei fundo novamente.
“Me ajude, pai. ” Eu sussurrei.
“Eu estou bem aqui. ” Ele passou o braço para a minha frente e colocou as mãos sobre as minhas, e eu me senti melhor. Assim que eu pisei no pedal nós estávamos acelerando pela praia. Estaríamos nós mesmo tão longe assim da casa? Havia uma descida antes de chegarmos na areia, e eu sorri.
“É realmente possível eu fazer essa coisa planar?” Eu perguntei quando meu pai não me fez virar para trás. Suas mãos enrijeceram-se nas minhas, e ele escorregou para mais perto de mim.
“Você só poderá fazer isso quando eu estiver aqui com você. Se eu descobrir que você fez algo desse tipo pelas minhas costas eu amasso esse quadriciclo até virar entulho. ” Ele avisou.
“Legal! Eu não vou, prometo!” Eu gritei.
“Você tem que pegar mais velocidade, senão você vai nos virar por cima do guidão.” Ele soava nervoso, mas eu estava ansiosa demais para me importar. Eu afundei o pé no acelerador e nós atingimos o fosso com um ruído forte. Nós voamos pelo ar e aterrissamos com tudo na praia.
“Eu não virei!” Eu disse esganiçada.
“Eu queria ter feito você usar capacete. Você vai me fazer ter um ataque cardíaco.”
“Você é engraçadinho.” Eu rolei os olhos. A areia machucava enquanto pinicava meus braços e rosto, mas eu estava me divertindo demais para me importar, e eu sabia que meu pai também não se importava. Eu me virei na direção da água, era mais fácil dirigir pela areia molhada. A sensação da água me atingindo era muito melhor do que a areia.
“Vamos pra casa.” Meu pai apontou na direção do oceano, onde uma linha de nuvens escuras estava se aproximando. “Está vindo nesta direção.” Ele disse ao mesmo tempo que eu olhei para baixo, para as ondas vindo uma atrás da outra. Neste exato momento um raio caiu em algum lugar ao longe. “Sua mãe está vendo a tempestade, e quer que você entre. Me deixe dirigir. Eu posso nos levar até em casa mais rápido.”
Antes que eu pudesse protestar eu fui puxada para fora do meu quadriciclo e ele tomou o meu lugar. Eu subi de volta no banco de trás e ele deu a partida. No meio do caminho até em casa a chuva começou. Ela ficou imediatamente forte, me encharcando. Uma coisa que eu odiava sobre essa ilha eram as tempestades. Apesar de que raramente chovia aqui, mas quando chovia éramos atingidos com força. Escondi meu rosto o melhor que consegui na camisa do meu pai. Levantei o olhar a tempo de vê-lo parar a centímetros da minha mãe.
“Para dentro.” Ela gritou por cima do som da chuva e do vento. Eu me soltei do meu pai quando ela estendeu os braços para mim. Ela atirou um cobertor por cima de mim e correu comigo para dentro da garagem.
“Onde está o papai?” Perguntei quando ele não veio atrás de nós.
“Bem aqui.” Ela disse enquanto ele corria para dentro da garagem.
“Eu tive que ir colocar o quadriciclo na garagem.” Ele balançou a cabeça para tirar a chuva do cabelo. “Vamos te secar. “
“Vocês se divertiram?” Minha mãe perguntou uma vez que havíamos entrado. Ela me seguiu até meu quarto para tirar minhas roupas enlameadas.
“Sim, foi ótimo! Eu derrubei a gente na primeira vez em que dei partida. Eu não dei chance para que o papai me mostrasse como funcionava. “
“Você se machucou?” Ela segurou meus braços para procurar por arranhões. Eu os puxei para fora de suas mãos e revirei os olhos.
“Eu estava com o papai. O homem que mataria uma mosca se ela voasse para perto demais de mim.”
“Você tem um ponto.” Ela zombou. “Exatamente aonde ele te levou?” Ela perguntou pegando minhas roupas cheias de lama.
“Foi tão legal!” Eu fui de um salto na direção dela e posicionei minhas mãos no seu rosto.
“Que… divertido.” Ela rolou os olhos e caminhou para fora do meu quarto. Eu terminei de me vestir. Como a tempestade aparentemente não iria dar trégua pelo resto do dia eu optei por uma roupa confortável. Minha blusa e calça de moletom favoritos.
“O que você está assistindo?” Perguntei enquanto caminhava para a sala de estar. Meu pai estava sentado no sofá com os pés para cima vendo tv. Ele já tinha se trocado.
“Não decidi ainda. ” Ele deu um tapinha no lugar ao lado dele e eu me encolhi ao seu lado. Ele zapeou pelos canais, não encontrando nada interessante. “O que você quer assistir?” Eu escalei para fora do sofá e me ajoelhei em frente à estante cheia de intermináveis DVDs.
“Esse aqui!” Eu me virei e lhe atirei o DVD. Ele riu e saiu do sofá para colocá-lo no aparelho.
“Bella, venha assistir esse com a gente.” Ele falou como se ela estivesse parada na frente dele.
“O que nós vamos assistir?” É claro que ela estava com o nariz enfiado em um livro. Desde que nos havíamos mudado para cá ela havia mergulhado nos seus próprios deveres de casa, e aquele livro de medicina nunca saía de perto dela.
“Ela quer ver o vídeo do nosso casamento.” Eu soltei um risinho quando as palavras do meu pai fizeram minha mãe derrubar seu livro.
“Eu achava que havia perdido esse… de propósito.” Ela gemeu.
“Eu nunca o vi antes! Vamos lá mãe. Eu só tenho uma memória de quando você era humana, e não é uma muito boa.” Apontei.
“Está bem.” Ela suspirou e eu peguei sua mão, puxando-a para o sofá.
Eu ocupei meu lugar no chão com meu lobo de pelúcia favorito e um cobertor. Lancei um olhar para trás de mim sorrindo quando apareceu escrito na tela O casamento de Isabella Marie Swan e Edward Anthony Cullen. Nenhum dos dois estava prestando a menor atenção na TV. Eu pigarreei.
“Nós estamos assistindo.” Meu pai riu e desviou a cabeça da minha mãe.
“Uau.” Eu ofeguei quando vi minha mãe descer as escadas da casa dos meus avós. Eu achava que nunca a havia visto tão linda.
“Eu sei.” Meu pai me respondeu. “Fabulosa, não estava?”
Eu ouvi a cerimônia e não pude esconder o sorriso no meu rosto. Era tão romântico, e lindo. Eu torci para que meu casamento fosse tão lindo quanto o deles havia sido. Com quem quer que fosse que eu me casasse, era melhor que ele quisesse um casamento tão elegante quanto havia sido o dos meus pais. Foi a vez do meu pai pigarrear. Pare de me escutar!
“Pare de pensar tão alto.”
“Mãe. ” Eu reclamei, e ela suspirou. Eu não posso esperar pelo dia do meu casamento. Eu pensei, testando se minha mãe havia realmente colocado o escudo ao meu redor. Lancei um olhar rápido para trás e ela piscou para mim. Ótimo, eu estava sozinha dentro da minha cabeça. Voltei minha atenção novamente para o vídeo. Era a primeira dança.
Perto do fim do vídeo, eu percebi que minha mãe havia se trocado para um lindo vestido azul, e ela foi filmada se despedindo das pessoas. Saí da posição em que estava deitada de bruços e sentei sobre os meus joelhos. “Por quê você se trocou?” Perguntei enquanto o vídeo mostrava meu pai protegendo minha mãe da tempestade de arroz. Soltei um risinho para o tio Emmett e o tio Jasper enchendo as mãos e atirando nas costas do meu pai.
“Nós estávamos partindo, e eu não ia viajar com meu vestido de casamento.” Ela respondeu.
“Vocês estavam indo para a lua de mel?” O volume da minha voz se elevou com a pergunta, e eu oscilei as sobrancelhas para cima e para baixo.
“Sim, foi quando nós fomos para a Ilha Esme. Levou uma eternidade para chegar lá.” Minha mãe riu.
“Você não fazia ideia de para onde estávamos indo.” Meu pai riu. Ela se inclinou e o beijou, e essa foi minha deixa para ir procurar outra coisa para fazer.
Fui até meu quarto de brinquedos. Eu ainda não havia falado com o vovô Swan, então imaginei que eu podia ver se conseguiria falar com ele. Seth estava online, então eu cliquei no seu nome.
“Ei, baixinha! Feliz Aniversário.”
“Valeu, Seth. O que você está fazendo?”
“Falando com você.” Seth riu da sua própria piada estúpida.
“Você é tão engraçado. Deveria ter virado palhaço ao invés de lobisomem.” Eu me inclinei para frente rindo da minha piada muito mais engraçada.
“E você não é simplesmente uma coisinha divertida? ” Seth rolou os olhos.
“Meu avô está aí?”
“Ei Charlie, tem uma pessoinha dentro da tela do computador que quer falar com você.” Seth virou de costas para a tela enquanto chamava o meu avô.
“Aí está minha garotinha favorita. Deus, você está crescendo tão rápido. Como foi seu aniversário?” Ele perguntou enquanto tomava o lugar de Seth.
“Ótimo! Até que começou a chover. Papai e eu estávamos lá fora com o meu novo quadriciclo e acabamos tomando chuva. É por isso que meu cabelo está todo molhado. “
“Parece divertido. Estamos com saudade, criança.”
“Também estou, vovô.”
“Como estão indo os estudos, tanto pra você quanto pra sua mãe?”
“Muito bem. A mamãe está aprendendo os termos médicos rápido, e eu estou aprendendo sobre a guerra da revolução.”
“Parece interessante. Traga a sua mãe até aí para que eu possa dar um oi pra ela.”
“Ok…” Eu suspirei e escorreguei para fora da cadeira. Abri a porta num empurrão e a casa estava silenciosa. “Mãe!” Eu gritei. “Mãe, o vovô quer falar oi!”
“Estarei aí num minuto!” Ela gritou em resposta.
“Ela estará aqui num minuto.” Eu disse ao meu avô quando sentei novamente.
“Onde ela está?” Ele perguntou.
Dei de ombros.
“O que ela está fazendo?”
Dei de ombros novamente.
“Bem, vá ver. Eu tenho que sair para o trabalho logo.”
“Nem pensar! Eu não vou sair lá fora. Eles estavam se beijando no sofá. Ela disse que estará aqui num minuto.” Neste exato momento ela entrou na sala.
“Estou aqui. Ei, pai. “
“Bella, olá querida. Só queria dar um oi antes de sair para o trabalho.” Eu levantei e deixei minha mãe se sentar.
“Como estão todos aí?”
“Jayden finalmente aprendeu a usar o pinico. Emily estava animada por não ter mais que trocar fraldas. Leah e Seth estão aqui. Eles estão indo muito bem, e Sue sempre é maravilhosa.” Aquela conversa me entediou, então liguei a TV e o meu Xbox.
“Pensei que tivesse ouvido você ligar isso.” Meu pai disse enquanto caminhava para dentro da sala. “Ei Charlie!” Ele acenou para a tela do computador e se sentou ao meu lado na minha almofada. Eu lhe entreguei seu controle.
“Sem trapacear desta vez.” Meu pai me avisou. Nós sempre jogávamos diferentes jogos de corrida. Meu pai e eu tínhamos todos os jogos da série Need for Speed em que conseguíamos botar as mãos.
“Eu não trapaceio, você que é simplesmente lerdo.” Eu mostrei a língua para ele. “Meu Mustang GT derrotaria seu Dodge Viper em qualquer dia!”
“Não hoje.” Ele disse. O tempo se encerrou e a corrida acabou. “Eu te destruí!” Eu levantei num salto e comecei a dançar num círculo.
“Eu deixei você ganhar.” Ele disse enquanto pegava meu braço e me puxava de volta para baixo.
“Vocês dois não têm jeito.” Minha mãe disse enquanto desligava o computador e saía da sala. “Vou começar a preparar o seu jantar.” Ela disse por cima do ombro.
“Claro, claro.” Eu resmunguei. Eu pisei no pé do meu pai para tentar distraí-lo.
“Tá vendo, você trapaceia!” Ele gritou e eu joguei meu carro contra o dele enquanto o ultrapassava.
“Eu não faço ideia do que você está falando. ” Eu dei de ombros.
Nós jogamos até que meu jantar ficou pronto e eu saí correndo para pegá-lo, e sentei no chão enquanto assistia meu pai tentar ensinar minha mãe a como jogar aquele jogo. Há outra coisa que me diferencia da minha mãe. Ela absolutamente odeia carros, enquanto que eu acho que eles são a coisa mais legal do mundo. Quanto mais rápido eles forem, melhor eles são.
A picape que ela tinha quando era humana era terrível. Eu tenho vergonha de dizer que minha mãe algum dia dirigiu algo como aquilo. Eu fiquei feliz quando o papai me contou que havia feito a tia Rose bagunçar os cabos elétricos, fazendo parecer que a picape havia pifado. Aquilo foi genial. Até hoje minha mãe pensa que ele simplesmente pifou por ser velho. Ela não entende de nada quando se trata de carros. Assim eu achei extremamente cômico vê-la pilotar o carro na direção inversa à que ela deveria estar indo. Como se o aviso de “caminho errado” piscando na tela dela não lhe revelasse nada. “Bella, amor, dê a volta, eu acabei de dar uma volta em cima de você.”
“Eu não sei como vocês dois estão se divertindo com esse jogo.” Minha mãe me passou o controle e saiu da sala.
“Ei, pelo menos você ganhou uma partida.” Eu lembrei meu pai.
“Eu vou te derrotar neste exato momento.”
Nós jogamos até minha mãe me obrigar a ir para a cama. Como eu tinha aula cedo, eu nem ao menos tive a chance de implorar para que eles me deixassem ficar acordada até mais tarde. Como em todas as noites, os dois me cobriram e me deram beijos de boa noite. Assim que minha porta foi fechada eu bocejei e fechei meus olhos.


ps: o próximo capítulo será postado amanhã, a fic será postada no domingo, segunda, quarta e sexta.

bjos @lupinotti =)

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Coração Inquieto - 1º capítulo

Olá, temos entao o primeiro capitulo de Coração Inquieto... Divirtam - se


“Feliz aniversário, pestinha!” Minha mãe foi esvoaçante até minha cama, tão graciosa que me deixou com inveja. Eu sabia que ela não tinha sido sempre daquele jeito, o que me fez sentir um pouco melhor. Como eu era metade vampira e metade humana, todos os meus traços humanos haviam sido herdados da minha anormalmente desajeitada mãe. Eu não sou mais um bebê.
Por que ela ainda tem que me chamar de pestinha? Ela abriu minhas cortinas e o sol pesado brilhou diretamente nos meus olhos. Eu gemi e rolei para longe da luz forte irritante, e da pele cintilante da minha mãe. “Levante, dorminhoca”. Ela cantou e os lençóis desapareceram da minha cama.
“Que é isso?! Se é meu aniversário eu posso dormir até tarde”, eu disse, fazendo biquinho.
“Eu não consigo acreditar que você já tem 6 anos. Há seis anos atrás você entrava neste mundo."
Eu gemi. “Lá vamos nós de novo.” Eu amava minha mãe profundamente, mas ela precisava dar esse discurso todo ano? Era sempre a mesma coisa… eu entrei nesse mundo, e ao mesmo tempo meu pai teve que transformar minha mãe para mantê-la viva. Ok, quando eu conto a história parece um pesadelo, mas quando minha mãe, Bella, conta, ela a faz soar como um conto de fadas. Eu odeio como eles contam a partir do exato ano em que eu nasci, e não pela minha idade física. Eu posso ter apenas 6 anos de idade, mas eu gosto de falar que hoje estou fazendo 11. “Onde está o papai?”, perguntei quando minha mãe terminou a história.
“Preparando o seu presente. ” Minha mãe sorriu para mim e desapareceu no meu closet. Ela jogou de lá de dentro um vestidinho de alcinha. Dado que vivíamos numa ilha, estava sempre quente, e assim meu closet estava cheio de vestidos de verão. Graças à minha tia Alice. Tia Alice era a única pessoa que eu conhecia que dizia que eu não era como a minha mãe. Estilo era algo do qual eu havia crescido próxima, então eu havia me tornado familiarizada com ele. Minha mãe, por outro lado, nunca havia tido senso de estilo enquanto era humana. Acredite, eu havia visto as fotos que comprovavam isso.
“Presente?” Eu perguntei excitada.
“Vista-se e venha ver o que é.” Antes que ela pudesse me dar meu vestido, eu havia saído da cama e estava correndo pelo corredor.
“Pai!” Eu gritei, minha voz ecoando no teto de catedral da sala de estar. O que você comprou pra mim? Onde você está? Eu amava ser capaz de conversar com o meu pai através dos meus pensamentos. Ele não me respondeu, então eu encontrei a sala de estar vazia e corri até meu quarto de brinquedos. Também estava vazio. Marco! Eu ouvi a risada abafada do meu pai.
“Polo!” Ele gritou, e eu me virei em direção à voz dele.
Marco! Eu chamei de novo através dos meus pensamentos.
Sua risada estava mais alta enquanto eu percorria o caminho até o quarto dos meus pais.
“Polo!” Ele gritou e eu abri a porta do quarto deles com força. Aquele quarto também estava vazio, mas a porta de vidro deles estava escancarada.
“Esse jogo não é exatamente o mesmo quando você só escuta um dos lados.” Minha mãe riu enquanto caminhava atrás de mim.
“Bem, eu teria sido capaz de encontrá-lo com muito mais facilidade se ele tivesse simplesmente me dito onde estava. “
“Assim foi mais divertido.” Edward, meu pai, deu um sorriso zombeteiro enquanto caminhava para dentro do quarto. “Feliz aniversário, querida.” Ele se ajoelhou e beijou minha testa.
“O que você comprou pra mim?” Perguntei, quicando ao redor dos meus pais.
“Está lá fora.” Minha mãe cobriu meus olhos e meu pai segurou minha mão. “Desça.” Meu pai me disse quando chegamos na porta deles. Eu desci para o que era o jardim do nosso quintal. A pedra estava quente em contato com meus pés, mas eu não liguei. “Ok Bella. ” Meu pai disse, e minha mãe tirou a mão dos meus olhos. Levou um minuto até que eles se adaptassem ao sol forte.
“NÃO PODE SER!” Eu gritei quando vi o quadriciclo motorizado pelo qual eu estava babando nos últimos 2 anos. Nós tínhamos todo esse espaço ao nosso redor, e correr e andar na minha bicicleta não era tão divertido quanto seria se eu tivesse um quadriciclo. Meu pai não queria me comprar um porque achava que eu era nova demais. Ele me diria “Absolutamente não!” E depois ele sairia resmungando algo do tipo, “Você tem que ser exatamente como a sua mãe?” Eu nunca entendi essa parte, mas que seja, eu tinha um agora!
“É todo seu. Com algumas regras. ” Claro que ele tinha regras. Que pai superprotetor não tinha regras? Eu tinha certeza que ele havia feito a fábrica colocar airbags em algum lugar. “Eu tentei, mas eles não fizeram.” Ele respondeu a pergunta que eu não tinha feito. Eu rolei os olhos. “Regra número um, você não sairá dirigindo sozinha. Nunca. Se eu descobrir que você saiu eu vou esmagá-lo até que não sobre nada a não ser pó. “
“Então… o quê, vocês vão correr ao meu lado? Isso não tem graça. ” Eu choraminguei.
“Bella!” Ele chamou, e eu percebi que minha mãe não estava mais atrás de mim. Eu ouvi o ronco de um motor, e ela veio dando a volta na casa voando num quadriciclo maior.
“Eu posso lidar com essa regra.” Eu sorri. Mesmo que nós fôssemos os únicos na ilha (dado que era a ilha da minha mãe), meus pais estavam sempre pensando em algo divertido que pudéssemos fazer. Nós estávamos aqui há um pouco menos de 3 anos, e eu ainda não havia me entediado. Era em momentos como esse em que eu ficava extremamente feliz pelos meus dois pais terem ficado congelados para sempre como adolescentes.
“Regra número dois, você vai usar seu capacete e sua jaqueta o tempo todo. “
“Nem pensar! Aquela coisa é horrorosa, e o tempo é quente demais para uma jaqueta. Eu protestei. A coisa de ‘não dirigir sozinha’ eu podia tolerar, mas não os equipamentos enormes.
“Então você não dirige. Eu não vou correr o risco de você cair e se machucar.” Meu pai pegou o capacete preto e dourado e o enfiou na minha cabeça. Ele bateu no topo do capacete e riu. “Ela me lembra de você. ” Ele disse para a minha mãe. Eu tive que virar meu corpo inteiro para olhar para ela. Ela ainda estava no seu quadriciclo e atirou a cabeça para trás rindo.
“Sim, e eu odiava tudo isso tanto quanto ela odeia.” Ela lhe disse.
“Ela teve um quadriciclo quando era humana?” Perguntei, quase em choque. Eu havia ouvido histórias do quão desajeitada minha mãe era, e o pensamento de alguém lhe vendendo um quadriciclo era um tanto cômico. Meu pai riu enquanto ouvia os meus pensamentos.
“Não um quadriciclo. Ela saiu e arranjou 2 motos, e ela e Jacob as consertaram. “
“Uma moto!” Eu disse em meio a gargalhadas.
“Sim, e porque eu não estava com o equipamento de segurança na primeira vez eu perdi o controle da moto, voei por cima do guidão, e terminei com pontos na cabeça.” Minha mãe apontou a lateral da sua cabeça.
“Você nunca me contou isso.” Meu pai soava chocado.
“Você nunca perguntou.” Ela deu de ombros.
“Ok, de volta ao presente agora. Eu vou usar o capacete, mas não quero usar a jaqueta. ” Propus.
“Vista a jaqueta nas primeiras vezes. Então, dependendo de como você se sair, eu vou cogitar que você não precise usá-la. ” Claro que ele ia fazer isso.
“Fechado!” Eu disse estendendo a mão, e ele a apertou. “Podemos ir dar um passeio?”
“Você não quer se vestir antes? E eu acho que tem um bando de gente esperando para lhe dar os parabéns.” Meu pai disse, tirando o capacete da minha cabeça. Meu longo e ondulado cabelo caiu ao meu redor. Antes ele era todo cheio de cachinhos, mas conforme eu cresci ele alisou um bocado. Meu cabelo era exatamente da mesma cor do cabelo do meu pai, mas eu acabei com o ondulado da minha mãe.
“Jakey!” Eu me virei e voltei correndo por dentro do quarto dos meus pais e para dentro do meu quarto de brinquedos. Eu tinha um computador que meus pais haviam me dado no meu primeiro aniversário na ilha. Ele era completo, com uma webcam e um sistema de som surround instalado no quarto, e então parecia que com quem quer que fosse que eu conversasse, a pessoa estava bem aqui comigo. Como eu tinha os pais mais legais do mundo, eles se certificaram de que todo mundo lá em casa tivesse uma webcam para conversar comigo. O primeiro que eu vi surgir na tela foi o meu melhor amigo no mundo inteiro. Meu Jakey. Ele era a melhor figura de irmão mais velho que eu poderia pedir. Eu amava quando ele estava perto de mim. Ele fazia que eu me sentisse feliz.
“Ei, anãzinha! Feliz aniversário.” Ele disse, e me soprou um beijo.
“Oi Jake!” Eu acenei e lhe soprei um beijo de volta.
“Como está indo o seu dia até agora?”
“Ótimo! Minha mãe me acordou, e disse que meu pai estava com meu presente lá fora. Eles me deram um quadriciclo!” Eu disse esganiçada.
“Sério? Edward… Edward lhe deu um veículo motorizado sem paredes indestrutíveis te rodeando?”
“Eu ouvi isso!” Meu pai gritou do outro quarto.
“Sim! Eu ganhei um, mas ele comprou um pra ele e um pra mamãe também. Eu não posso dirigir a não ser que eles vão comigo, e eu tenho que usar um capacete idiota. ” Eu fiz biquinho.
“Use. Eu não quero ver essa sua cabecinha linda toda machucada.” Jacob disse, e meu pai rosnou no outro quarto. Eu não entendia porque ele odiava tanto o Jacob, mas eu havia aprendido a ignorar isso.
“Eu não tenho escolha. Além disso, a mamãe contou a respeito do seu pequeno acidente de moto.”
“Ah, sim. ” Ele disse rindo. “Este foi um dia interessante.”
“Aposto que foi!” Eu ri.
“Então, a Bella voltou a pilotar na terra. Legal. Eu mal posso esperar para ir e te levar para pilotar. ” Jacob piscou para mim.
“Quando você está vindo?! Venha agora!” Eu quiquei na minha cadeira.
Jacob explodiu em gargalhadas enquanto me assistia. “Termine suas aulas, e quando você estiver de férias de verão eu estarei aí para te visitar. “
“Sério?” Perguntei, ainda quicando.
“Prometo.” Ele deu um aceno com a cabeça e então suspirou. “Suas tias querem dizer oi. Tenha um aniversário muito feliz, e eu estou com saudade, pequena. “
“Também estou com saudade, Jakey. ” Eu lhe soprei outro beijo, e ele fez o mesmo.
Tia Alice e tia Rosalie escorregaram para a cadeira depois que Jacob levantou, e acenaram. “Você parece tão velha! Pare de crescer.” Tia Rosalie disse.
“Feliz aniversário, linda. Veja, ela fica uma graça até mesmo de pijama. Eu tenho orgulho de dizer que você é minha sobrinha.” Tia Alice, claro que ela estava reparando no que eu estava vestindo.
“Estou com saudade, pessoal. ” Eu disse, rindo.
“Nessie!” Eu ouvi minha prima gritando fora da câmera.
“Lyss!” Alyssa surgiu na tela e a tia Rosalie a puxou para o seu colo.
“Adivinhe só?!” Ela gritou enquanto se inclinava por cima da mesa. “Claire e eu vamos te visitar no feriado de primavera!” Ela disse antes que eu tivesse a chance de falar.
“Sério? Isso é incrível! Quem decidiu isso?” Perguntei.
“Nós decidimos.” Minha mãe disse enquanto entrava no quarto. Ela se ajoelhou atrás da cadeira e acenou. “Ei, pessoal!”
“Oi!” As três disseram de volta.
“Onde está o meu irmão?” Tia Alice perguntou.
“Bem aqui.” Ele disse enquanto entrava no quarto com um prato de panquecas com pedacinhos de chocolate e uma vela acesa no topo. Ele apagou a luz e eu olhei de volta para a tela. Vovó e vovô Cullen apareceram junto com meus dois tios e Jacob. Eles todos cantaram parabéns para mim e meu pai se ajoelhou ao meu lado para que eu pudesse soprar a vela. “Faça um desejo. ” Ele sussurrou antes que eu soprasse.
Eu fechei os olhos e sorri. Eu não posso desejar nada. Eu tenho tudo que eu sempre quis. Abri meus olhos e soprei a vela.
“Eu te amo.” Meu pai beijou minha testa e deslizou seu polegar ao longo da minha bochecha. “Diga tchau e venha tomar café da manhã.” Meu pai se virou para a tela do computador e sorriu, “Falamos com vocês mais tarde.”
Cada um deles se despediu e disse que me amava. Eu acenei e lhes soprei um beijo antes de pular da cadeira e ir tomar meu café da manhã.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Escolha das Fics

Durante uma semana todos vocês que acompanham nosso blog votaram em uma das fics, entre elas estava Eternamente Jovem, Singularity, Eternamente Dourado, Coraçao Inquieto, Verde vermelho e dourado... A votação está encerrada e com 73 % dos votos a fic escolhida por vocês foi Coração Inquieto. Serão 4 capitulos por semana que ja começam a ser postados amanha. Vocês podem mandar banners ou imagens relacionadas com a fic para nosso email twilightsagaoficial@hotmail.com. E lembrando que tem uma enquete nova, sobre seu Cullen favorito. Abaixo vocês tem todos os valores da votação para fic.

Eternamente Jovem - 10,00 %
Singularity - 15,00 %
Eternamente Dourado - 1,67 %
Coração Inquieto - 73,33 %
Verde, vermelho e dourado - nenhum voto