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sábado, 18 de setembro de 2010

Coraçao Inquieto - capitulo 6

Posted by Picasa


“Carlisle, eu não sei…”
“Bella, eu sei que você pode fazer isso. É uma grande prática. Apenas relaxe e costure a cabeça dela.”
As vozes não soavam como as de minha mãe e meu avô. Eu me pergunto o que eles me deram. Não senti nenhuma dor. Acho que não podia sentir meus dedos das mãos ou dos pés se quisesse.
“Jacob, pare de andar pra lá e pra cá assim! Está me deixando nervosa!” Acho que era minha mãe gritando. Com Jacob? Jacob estava aqui?
“Jacob.” Ouvi meu pai, eu acho.
Deixei minha mente vagar tentando descobrir onde eu estava. Quem estava ao meu redor e há quanto tempo eu estava assim. Lentamente comecei a sentir meu corpo. “Mamãe.” Minha voz ainda estava meio rouca.
“Bem aqui.” Novamente, a voz dela soava como se ela estivesse chorando se pudesse.
“Eu sinto muito.” Pisquei algumas vezes antes que seu rosto entrasse em foco.
“Shh… Descanse agora. Nós conversaremos depois. O mais importante agora é que você está bem.” Ela passou a mão na minha testa úmida e então pelo meu pescoço.O toque frio dela era bom.
“Ei, linda.” Jacob disse suavemente quando entrou no meu campo de visão.
“Preste atenção.” Meu pai avisou.
Jacob o ignorou e ajoelhou ao lado da minha cama. “O que aconteceu?”
“Eu… Eu…” Olhei ao redor da sala. O único que evitei olhar foi meu pai. “Eu não me lembro.”
“O que você estava fazendo do outro lado da ilha? Você sabe que não gostamos que você nade por lá sozinha.” Meu pai me lembrou.
“Eu sei, mas as conchas daquele lado são mais bonitas. Eu acho que fui muito longe na água e as ondas me puxaram. Desculpa. Não acontecerá novamente. Eu ficarei na praia norte.”
“Você não vai a praia alguma por um tempo. Não até esses pontos sairem.” Minha mãe me disse. Eu sentei rapidamente, imediatamente me arrependendo disso. Minha mãe e meu avô foram os primeiros a me empurrarem de volta.
“Por favor! Eu quero voltar para a praia!” Comecei a chorar, o que fez minha cabeça doer.
“Sinto muito, mas não quero você lá agora. Você precisa relaxar por alguns dias.” Minha mãe insistiu.
Desisti de discutir com ela. Ninguém poderia ganhar em uma discussão com a minha mãe. Eu não acho que ela ganharia se discutisse com ela mesma.
“Estou cansada.” Rolei para longe da minha mãe para olhar para Jacob. “Fique até eu pegar no sono.” Pedi enquanto estendia a mão para pegar a dele.
“Estarei aqui por quanto tempo você quiser.” Ele inclinou-se para sussurrar em meu ouvido. Eu fechei os olhos e fui para mais perto dele, abraçando o braço dele bem perto de mim.
“Ótimo.” Eu resmunguei, já quase dormindo.
Quando acordei o sol parecia estar se pondo. Jacob estava roncando ao meu lado. Ele estava na cadeira com a cabeça na cama. “Oi.” Virei na direção da voz e vi minha mãe na cadeira de balanço perto da minha janela. “Como está se sentindo?” Ela perguntou.
Eu me levantei lentamente e andei até ela. Ela procurou atrás dela e pegou o cobertor, mas eu o tirei de suas mãos. Eu não queria ser enrolada num cobertor estúpido. Eu só queria a minha mãe. Ela pareceu saber exatamente o que eu queria. Seus braços se abriram e eu subi no colo dela. Eu me curvei nela e ela envolveu-me com seus braços. Ela começou a balançar e eu relaxei. “Quanto tempo estive desacordada?” Resmunguei contra a camiseta dela.
“13 horas.” Ela sussurrou contra o topo da minha cabeça.
“Por que ainda estou tão cansada?” Perguntei enquanto aconchegava-me a ela.
“Tem muito medicamento para dor em você agora. E mais, seu corpo está tentando curar-se e a melhor maneira de fazer isso é dormir. Tudo bem. Feche os olhos.” A voz dela era suave e confortante. Ela continuou a balançar e suas mãos geladas eram gostosas contra minha pele. Eu dormi rapidamente no conforto e segurança do abraço de minha mãe.
A próxima vez que abri os olhos, o sol estava claro no céu. Brilhava através da minha janela. Eu ainda estava envolta nos braços de minha mãe. “Bom dia, luz do sol.” Minha mãe sorriu para mim. “Você tem dormido e acordado por três dias.”
Mexi as mãos para tentar esfregar o sono dos meus olhos, mas minha mão direita estava presa a algo. Eu me lembrei disso de quando caí do penhasco com minha mãe. Era uma intravenosa. “Está aí pois não conseguimos mantê-la acordada o suficiente para te alimentar.” Minha mãe disse quando me viu olhando para minha mão. Isso explicava porque eu não estava com fome.
“Eu me sinto melhor. Posso ir até a praia?” Perguntei enquanto me sentava em seu colo.
“Não.” Ela balançou a cabeça. Como se eu não fosse entender a palavra. “Não por mais alguns dias.”
Ficamos em silêncio por alguns segundos e minha porta se abriu. Meu pai sorriu quando viu que eu estava acordada. “Aí está minha garota de olhos castanhos.” Ele ajoelhou-se na frente de minha mãe e eu. “Senti falta de ver esses grandes olhos lindos.”
Virei os olhos, mas não pude evitar de sorrir. Eu quero voltar para a praia, por favor diga para a mamãe me deixar ir. Pensei para meu pai. Ele olhou para minha mãe rapidamente antes de olhar de volta para mim.
“Acho que não, querida.” Meu pai sussurrou. “Falando em praia, você se importa em nos dizer o que aconteceu?” Meu pai estreitou os olhos para mim. “O que realmente aconteceu.”
“Eu já disse a vocês, eu estava procurando por conchas e fui levada por uma das ondas.” Olhei diretamente nos olhos dele.
Meu pai ficou quieto por alguns momentos enquanto me encarava de volta. Tive a certeza de só pensar em mim caçando conchas.
“Mas isso não explica porque você estava na única parte da ilha que sabe que não gostamos que vá sozinha. Três anos que estamos aqui e você nos ouviu. Por que a mudança repentina?” Ele perguntou.
“Foi só um erro estúpido e, acreditem, não vai acontecer novamente.” Cerrei meus dentes.
“Ótimo.” Meu pai tomou meu rosto em suas mãos e beijou ambas as minhas bochechas.
Mais tarde naquele dia, a intravenosa foi retirada e eu comi uma refeição completa por mim mesma, minha mãe finalmente me deixou ir lá fora. Eu não podia ir até a praia ainda, mas podia ir sentar no pátio. Todos estavam lá dentro conversando, então decidi levantar e caminhar ao redor do jardim. Estendi meu caminho mais longe até as árvores e prendi a respiração quando as alcancei. Sem pensar, dei a volta e corri na direção da praia. Olhei por cima do ombro para um pai bravo ou um grande lobisomem me perseguindo. Não havia nada.
“Cassandra, Gavin?” Sussurrei enquanto andava rapidamente até a praia.
“Estávamos nos perguntando quando você voltaria. Eu não achava que você fosse falar com a gente de novo.” Gavin andou rapidamente até mim. Minhas mãos viraram punhos e eu rosnei. Acelerei o passo e quando o alcancei, empurrei seu peito nu com força. Ele cambaleou para trás e caiu na areia.
“Como você ousa me deixar daquele jeito?!” Eu cuspi. “Eu devia voltar para minha casa e dizer para o meu pai exatamente o que vocês fizeram. Assim posso vê-lo matar você!” Eu estava gritando nessa hora.
“Fique calma. Desculpe. Eu não queria deixar você. Meu pai nos fez ir embora. Ele disse que seus pais eram bons em te achar.”
“É, quando eu deixo um rastro! Você não passa de um covarde, Gavin! Você me deixou lá sozinha, sangrando, tossindo água e eu mencionei que você me abandonou?” Eu empurrei ele de novo, mas dessa vez ele pegou meus braços para me parar.
“Eu sinto muito. Todo dia eu tenho esperado aqui para ver se você estava bem. Eu teria vindo até sua casa eu mesmo, mas sei que seus pais escutam muito bem.” Eu sentei na areia e ele me seguiu. Seus braços presos ao redor de meus ombros. “Eu sinto muito mesmo. Não consegui parar de pensar em você. Eu esperava que você estivesse ok. Fico feliz que tenha vindo aqui para me avisar que está passando bem. Mesmo se sua real razão para vir tenha sido para berrar e gritar comigo. Eu ainda sinto prazer em saber que você está ok.”
“Nunca mais faça isso comigo de novo.” Eu olhei para ele pelo canto de meus olhos.
Respirei fundo quando ele inclinou-se para beijar minha bochecha. “Jamais.” Ele sussurrou para mim.
“Tenho que ir. Meus pais virão procurar por mim logo. Diga a Cassandra que não estou brava com ela. Vou tentar voltar amanhã.” Levantei e comecei a ir embora.
“Estaremos esperando.” Ele disse e me virei para sorrir para ele.
Alcancei o jardim para ver Jacob andando pra lá e pra cá. Ele virou na minha direção e eu congelei. “Nessie,” ele suspirou e correu até mim. “Onde diabos você esteve? Bella me disse para vir checar você e você não estava aqui. Eu sei que você está fazendo algo que eles não sabem. Confie em mim, quando se trata de sair escondido ninguém sabe disso melhor que sua mãe e aparentemente filho de peixe, peixinho é. Eu te dei cobertura, agora você precisa começar a falar. O que está acontecendo com você?” Jacob disse enquanto me puxou para longe do alcance da audição dos meus pais.
“Promete que não vai dizer nada?” Perguntei a ele.
“Você tem minha palavra, docinho.”
“Nos últimos dias eu tenho saído com uma garota chamada Cassandra, só que ela não é uma garota normal. Ela é uma sereia! O pai dela é aquele de quem te falei. Ela e o irmão dela, Gavin, são tão legais. Nós ficamos na praia e Gavin estava me ensinando a surfar sem prancha! Só que eu não sou tão boa quanto eles.” Apontei para minha cabeça.
“Alguma coisa fez tudo isso com você? Um peixe é responsável por te machucar? Eu vou matá-lo! Onde ele está?” Jacob agachou-se na minha frente procurando entre as árvores.
“Não! Deixe-o em paz. Eu gosto dele, e acho que ele gosta de mim também. Bem, ele me beijou, então eu-”
“O que?” Jacob sibilou para mim.
“Só na bochecha. Eu só tenho 11 anos.” Revirei os olhos.
“Tenho que contar para Edward.” Jacob me levantou e me colocou debaixo de seu braço.
“Não! Jakey, pare! Você disse que não contaria nada! Você quer que eles me matem também? Eles vão!” Jacob parou e me colocou no chão. “Por favor.” Implorei.
Ele olhou para mim e só consegui ver mágoa e desapontamento em seus olhos. Andei até ele e o abracei pela cintura. Ele suspirou pesadamente. “Tudo bem, mas saia escondida de novo desse jeito e eu vou contar.”
“Por mim tudo bem.” Eu sorri e nós andamos de volta para a casa.
“Como foi sua caminhada?” Minha mãe disse assim que entrei em casa.
“Boa.” Sorri e entrei no jogo da história que Jacob deve ter contado a ela. “Mãe, você acha que posso ir até a praia amanhã? Não vou entrar na água. Só quero sentar e pensar comigo mesma.” Olhei para trás na direção de Jacob. Ele estava me encarando.
“Jacob?” Meu pai andou até ele. Eu segurei minha respiração.
“Nada, Edward. Só pensando em coisas bestas.” Soltei a respiração quando meu pai deu uma palmadinha nas costas dele e se afastou.
“Então, posso?” Pergunte para minha mãe de novo quando ela não me respondeu.
“Terei que falar com seu pai sobre isso, mas não vejo problema. Agora quero que você vá se lavar e depois cama.”
“Bella, quando tiver terminado eu gostaria de falar sobre o que você aprendeu até agora.” Meu avô disse quando passamos pela sala de estar.
“Claro, Carlisle. Isso seria ótimo, na verdade.” Minha mãe disse e me levou até o banheiro.
Quando havíamos terminado ela me colocou na cama e todos vieram me dizer boa noite. Eu caí no sono sorrindo.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Coraçao Inquieto - capitulo 5

Oii galerinha.... Pois é, hoje voltaremos a postar os capitulos da fic.... Ficamos algum tempo sem postar, pois as meninas responsaveis pelo blog andavam sem tempo para postar a fic, mas hoje, como foi dito, voltamos a postar a fic Coraçao Inquieto... Boa leitura a todas...

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Na manhã seguinte eu acordei cedo de novo, e coloquei um outro traje de banho e a saída combinando antes de fazer qualquer outra coisa. Prendi o cabelo num rabo de cavalo bagunçado, e espiei para fora do meu quarto. Novamente eu fui a primeira a sair da cama. Corri o mais silenciosamente que pude, sem ser capaz de evitar o barulho dos meus pés descalços chocando-se contra o chão de madeira. Peguei todas as minhas coisas de praia, e tirei um biscoito do armário.
Suspirei quando encontrei uma lancheira na geladeira. Soltei minhas coisas e corri de volta para o meu quarto para procurar pela minha mochila. Quando a encontrei, eu corri de volta para a cozinha e a enchi com tudo que precisava. Fiquei parada no fim do corredor dos meus pais, a porta do quarto deles novamente fechada.
“Tchau!” Eu disse em voz alta. Ouvi conversas baixas, mas não consegui distinguir o que eles estavam dizendo.”Estou indo para a praia agora.” Eu quiquei impaciente.
“Divirta-se, querida.” Minha mãe disse. Eu dei de ombros e me virei para correr para a porta da frente. “Celular!” Ela gritou, e eu tive que me segurar no batente da porta para me frear.
“Droga!” Eu gemi, e corri de volta para o meu quarto.”Peguei!” Eu gritei e bati a porta atrás de mim.
Eu pulei no meu quadriciclo e dirigi o mais rápido que pude até a praia. Assim que cheguei lá Cassandra estava esperando na beira da água. “Hey!” Eu disse enquanto corria até ela.
“Você chegou mais cedo do que eu pensava.” Ela sorriu para mim.
“Meus pais estão trancados no quarto por todo o final de semana, então eu sou uma mulher livre!” Eu atirei a cabeça para trás e gritei. Era boa a sensação de poder sair e fazer o que eu tivesse vontade. Cassandra riu para mim.”O que você quer fazer?” Perguntei.
“Primeiro… eu tenho um problema.” Ela apontou na direção de uma rocha na praia, e Gavin surgiu de trás dela.
“Seu irmão?” Como se meus batimentos não pudessem ficar ainda mais acelerados, eles ficaram.
“Sim, ele está tomando conta de mim hoje. Você se importa se ele ficar com a gente?”
“Não, nem um pouco.”
“Venha, Gavin!” Cassandra chamou, enquanto o chamava acenando com a mão.
“Oi, eu sou Gavin.” Ele sorriu timidamente para mim.
“Eu sei.” Eu dei um risinho. “Eu sou Renesmee, mas todos me chamam de Nessie.”
“É um prazer.” Ele acenou polidamente.
“E então, o que vocês fazem para se divertir?” Perguntei.
“Amamos surfar com o corpo!” Cassandra disse rapidamente.
“Como vocês fazem isso?” Perguntei.
“É divertido! Venha, eu vou te mostrar.” Gavin segurou minha mão e nós corremos para dentro da água.”Me veja fazer, e depois eu te ensino.” Ele deu um sorriso largo para mim, e soltou minha mão. Ele era tão fofo! Seu cabelo, tão escuro quanto o de Cassandra, estava grudado no seu rosto por estar molhado. Ele tinha um monte de músculos, quase tantos quanto Jacob. Assisti-o deitar reto de barriga para baixo enquanto navegava uma onda. Eu fiquei de pé com a água na altura do joelho e fiquei saltitando excitada enquanto assistia.
“Eu quero tentar!” Eu gritei.
“Bem, venha aqui.” Gavin acenou para que eu nadasse até onde ele estava. Eu o alcancei e ele segurou na minha cintura para me fazer deitar reta de barriga para baixo na água.”Espere pela onda certa, e se prepare… nade com a onda!” Ele disse quando me soltou. Eu imediatamente afundei na água e rolei com a onda. Ele passou os braços ao meu redor e eu ofeguei por ar quando minha cabeça irrompeu a superfície.”Você tá bem?” Ele perguntou quando eu tomei fôlego.
“Sim. Eu quero tentar de novo.” Atirei meu rabo de cavalo por cima do ombro e nadei de volta por trás de Gavin. Assisti Cassandra enquanto ela pilotava sua onda. Ela fazia parecer tão fácil.
“Pronta?” Gavin perguntou. Suas mãos estavam no meu quadril de novo enquanto ele me segurava horizontalmente na água.
“Vamos lá!” Eu gritei, e ele me soltou. Nadei até a onda tomar o controle para mim, e eu estava deslizando na água. Me senti tão leve quanto uma pena. Meus joelhos rasparam no solo arenoso do mar e eu me levantei dando pulinhos.”Eu consegui, eu consegui!”
“Você foi ótima!” Cassandra correu até mim e me deu um abraço.
“Muito bem.” Gavin ergueu as mãos, e eu bati as minhas nas dele num high five.”Quer tentar numa onda maior? Elas são maiores no outro lado da ilha.”
“Claro!” Eu me virei para caminhar até a praia, e eles dois voltaram para a água.
“Nadando é mais rápido.” Gavin disse.
“Eu não consigo nadar tão rápido quanto vocês.” Apontei.
“Suba.” Ele virou de costas para mim. Eu engoli duro, e me virei para olhar a praia vazia. Parte de mim estava torcendo para que meu pai surgisse do meio das árvores e me dissesse que não. A outra parte gritava para que eu tirasse proveito da liberdade.
“Ok.” Suspirei. Gavin ficou de joelhos para que eu pudesse passar os braços ao redor do seu pescoço.
“Segure o fôlego!” Ele virou a cabeça para me dizer. Eu fiz como ele disse, e ele mergulhou na água. Ele subiu de volta alguns segundos depois e nós voamos pelo ar. Mergulhamos de volta na água, e numa questão de segundos nós estávamos no outro lado da ilha. As ondas eram maiores aqui. Eu raramente nadava desse lado porque meus pais sempre haviam dito que estas ondas eram grandes demais. Elas se elevavam acima da minha cabeça.
“Não sei não.” Eu disse quando uma onda quebrou sobre nós. Me prendi às costas de Gavin.
“Vamos lá. É divertido.” Ele me tirou de cima dele e me segurou acima da água.”Ok, essas ondas vêm mais rápido, então se prepare! Eu vou te soltar!”
“Não, esper-” Tentei protestar, mas ele soltou e eu estava girando. Eu rolei junto com a onda, sendo jogada de um lado para o outro como uma boneca. Eu não era capaz de dizer de que lado estava a superfície, e nadei em qualquer direção que fui capaz. Minha cabeça atingiu algo duro, e tudo ficou preto.
“Renesmee! Acorde! Por favor, acorde!” Eu ainda sentia como se estivesse sendo atirada de um lado para o outro pelas ondas. Isso fez meu estõmago revirar. Eu tossi e alguém me rolou para me colocar de lado.”Renesmee, você está bem?” Eu não queria abrir os olhos. Minha cabeça doía demais, e eu não conseguia parar de sentir que ainda estava na água.
“Minha mãe.” Eu disse com a voz rouca. Minha garganta doía. “Eu quero a minha mãe.” Fechei os olhos com força e afundei as unhas na areia para tentar me fixar ao chão e fazer as ondulações pararem.
“Deixe ela aí! Eles vão encontrá-la!” Alguém estava gritando.
“Pai, não vou abandoná-la! Ela é minha amiga.” Cassandra? O pai dela estava ali. Torci para que eu não os tivesse metido em encrenca. As ondulações estavam me deixando enjoada de novo e eu fui capaz de virar meu próprio corpo.
“Desculpe.” Ouvi Gavin suspirar para mim. Ao meu redor não havia mais nada a não ser silêncio.
Minha cabeça latejava, e eu não fazia ideia de onde estava. Eu sabia que estava longe demais para que meu pai ouvisse meus pensamentos. Eu conseguia me levantar? Forcei meus olhos a se abrirem e percebi que estava quase escuro. Por quanto tempo eu havia ficado desacordada? Por que meus pais ainda não haviam me encontrado? Então eu me dei conta, eu não poderia ter deixado um rastro indicando onde eu estava. Eu havia nadado até aqui.
Rolei para ficar de barriga para baixo e tentei rastejar até a linha das árvores, para que eu pudesse ver onde eu estava. Me senti atordoada e me deitei de novo. Lágrimas correram pelo meu rosto. “Mãe! Pai!” Eu gritei.
“Mãe!” Eu estava soluçando agora, o que fez minha cabeça doer ainda mais. Minha visão estava ficando enevoada. Levantei a mão para tocar o ponto que mais doía na minha cabeça e minha mão ficou imediatamente coberta de sangue.
“Renesmee!” Ouvi as súplicas fracas do meu pai. Ele soava enfurecido e assustado. Me perguntei se eu estava em encrenca, ou se eles estariam preocupados demais para ficarem bravos.
“Ness!” A voz da minha mãe estava mais próxima.
“Mãe!” Eu gritei o mais alto que consegui, mas não era mais do que um gritinho fraco. Espalmei as mãos ao redor do pescoço. Parecia que alguém havia enfiado cacos de vidro minha garganta abaixo.
“Onde você está?!” A voz dela estava se afastando.
“Mamãe!” Eu gritei mais alto, minha cabeça estava girando, mas eu lutei para me manter consciente.
“Continue falando, querida! Não consigo sentir seu cheiro em lugar nenhum.” Ela estava se aproximando de novo.
“Rápido!” Comecei a chorar de novo. “Está doendo.” Eu solucei. Eu tive um arrepio por estar molhada e o sol não estar mais brilhando. Tentei me manter calma porque minha cabeça doía mais a cada soluço.
“Edward! Aqui, ela está sangrando!” Ouvi as árvores farfalhando atrás de mim e deixei a escuridão tomar conta.
Quando voltei a mim novamente eu ainda sentia a areia sob meu corpo. Mãos frias moviam-se sobre ele. todo Minha cabeça estava sendo segura com firmeza pelas mãos de alguém. “Nós temos que levá-la para dentro.” Eu pude ouvir meu pai apressando minha mãe.
“Não, não podemos movê-la. Eu não sei que tipos de ferimentos ela tem.” O som da voz da minha mãe indicava que ela estaria chorando se pudesse. Lutei para abrir meus olhos, mas não fui capaz. A sensação era de como se alguém os estivesse segurando minhas pálpebras com pesos.
“Me dê sua camiseta.” Minha mãe disparou. “Eu tenho que parar o sangramento!”
Eu senti pressão, muita pressão no lado da minha cabeça. Eu me contraí.”Renesmee, bebê, você pode me ouvir?” Meu pai perguntou nervoso.
Papai, por favor. Faça parar. Está doendo! Eu não queria abrir a boca para falar porque eu sabia que eu começaria a gritar. A pressão estava fazendo minha cabeça doer ainda mais. Eu não achava que isso era possível.
“Eu sei que está doendo, querida. Aguente firme. O que você fez?”
“Ela está falando com você?” Minha mãe lhe perguntou. Ele deve ter acenado porque eu não o ouvi responder.
Por favor.
“Algum outro lugar dói além da cabeça?” Minha mãe me perguntou.
Eu não sei. Minha cabeça dói demais para sentir qualquer outra coisa. Ouvi meu pai repetir as palavras.
“O pescoço dela não está quebrado. Vamos levá-la pra dentro. Eu quero ligar para Carlisle. Não consigo fazer isso sozinha.”
“Aqui.” Ouvi meu pai dizer. “Ligue para ele no caminho de casa. Eu vou carregá-la.” Mais uma vez minha cabeça girou e o som da voz a qual eu tentei tão fortemente me prender desapareceu.


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